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Economia

Associação Comercial de SP estima perdas de R$ 126 mi com apagão

Estimativa é feita pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal e é baseada no volume movimentado diariamente

06/11/2023 16h36

Foto: Divulgação

A Associação Comercial de São Paulo estima que o comércio na Grande São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 126 milhões devido ao temporal e consequente falta de energia na última sexta-feira (3).

A estimativa é feita pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal e é baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana.

O economista da entidade Ulisses Ruiz de Gamboa disse que “os prejuízos são difíceis de estimar, pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na Cidade de SP, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia, mas, podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras ‘imediatas’ e ‘por impulso’ dos consumidores”.

De acordo com ele, essa situação afeta principalmente os consumos imediatos e por impulso, quando há essas restrições no fluxo de clientes.

Governo federal cobra respostas

O governo federal irá cobrar providências e explicações da concessionária Enel sobre o apagão que já dura quatro dias em diversos pontos da capital paulista.

Após determinação do ministro da Justiça Flávio Dino na rede social X, o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, informou também que irá notificar a Enel para prestar informações, no prazo de 24 horas, sobre a regularização do serviço, canais de atendimento aos consumidores, bem como sua ampliação no período de maior demanda, planejamento para enfrentar a situação, minimizar danos e ressarcir os consumidores.

A secretaria, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, ainda deve exigir da concessionária um plano de contingência frente a eventos climáticos extremos, "com detalhamento claro das ameaças, resposta imediata ao problema, prazos de conclusão, bem com os recursos e pessoal envolvidos e cronograma de atendimento imediato e a médio prazo".

Outra providência que o governo deve tomar é solicitar informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre dados e monitoramento da prestação contínua e sobre a eficiência da Enel. Além disso, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) anunciou a criação de um canal de denúncia para acompanhar o caso.