Utilizamos cookies de terceiros para fins analíticos e para lhe mostrar publicidade personalizada com base num perfil elaborado a partir dos seus hábitos de navegação. Pode obter mais informação e configurar suas preferências AQUI.

Sustentabilidade

Brasil embarca o primeiro lítio verde do mundo em Vitoria (ES)

O Lítio Verde Triplo Zero é produzido pela Sigma Lithium no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais

27/07/2023 11h30

Foto: Sigma Lithium - Divulgação

Nesta quinta-feira (27), o Brasil embarca o primeiro lítio verde do mundo no Porto de Vitoria (ES), tornando-se pioneiro em atingir o padrão triplo zero (zero carbono, zero rejeitos, zero químicos nocivos), "Lítio Verde Triplo Zero", o mais elevado nível de sustentabilidade industrial na fabricação de insumos para baterias de veículos elétricos.

O Lítio Verde Triplo Zero produzido no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, representa uma nova era na indústria mundial de insumos para baterias de veículos elétricos: o pioneirismo do produto brasileiro "verde" viabiliza a neutralidade de carbono a ser atingida pelos fabricantes de baterias de veículos elétricos, atualmente produzidas em mais de 100 grandes fábricas no Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos, atendendo a uma demanda global significativa de mais de 12 milhões de veículos elétricos projetada para 2024.

A celebração deste marco ambiental na indústria metalúrgica-mineral brasileira será realizada em evento no Vports – Porto de Vitoria, com a presença do Vice-Presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e dos governadores, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Renato Casagrande, do Espírito Santo.

O Lítio Verde Triplo Zero é produzido pela Sigma Lithium, empresa brasileira dedicada a abastecer a nova geração de baterias de veículos elétricos com insumos industriais de lítio ambientalmente e socialmente sustentáveis. A primeira remessa consiste em 15 mil toneladas de Lítio Verde Triplo Zero e 15 mil toneladas de subprodutos ultrafinos de alta pureza ("Subprodutos Verdes Triple Zero"), industrializado em sua planta de beneficiamento pré-químico de separação e purificação por tecnologia de meio denso ("Planta Industrial Verde"), construída a partir de um investimento de cerca R 3 bilhões de reais no Sigma Lithium  - Vale do Jequitinhonha.

Para atingir o padrão Triplo Zero, a Sigma Lithium desenvolveu processos industriais verdes por meio da utilização de tecnologias de última geração para a produção e beneficiamento do lítio, com processos benignos ao meio ambiente, como:

  • a separação por meio denso, que dispensa o uso de químicos nocivos na industrialização do lítio.
  • a utilização de água com qualidade de esgoto no processo industrial, e reaproveitamento integral desta água.
  • a inovação e desenvolvimento de tecnologia de secagem e empilhamento a seco de rejeitos.
  • reciclagem integral dos rejeitos, com a venda do Subproduto Verde Triple Zero e a utilização do cascalho para a pavimentação das estradas rurais de terra das comunidades do Vale do Jequitinhonha.
  • Utilização de energia 100% renovável na operação industrial.

"Esse lítio representa o Brasil no mundo e define nosso país como território produtor líder ambiental de insumo tecnológico industrial de lítio. O Brasil muda de patamar no setor e passa a ser o novo paradigma global de sustentabilidade socioambiental dentro das cadeias globais de fornecimento de insumos para baterias de veículos elétricos: estabelecemos nossa imagem de nação produtora com consciência ambiental e inovação tecnológica de ponta, inovando no primeiro módulo de planta de empilhamento a seco", afirma a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral.

"Ou seja, a vantagem competitiva do nosso insumo reside nos processos industriais verdes, abrindo o caminho para o fortalecimento do Vale do Jequitinhonha como região produtora global: por sermos pioneiros na industrialização do Lítio Verde Triplo Zero, possuímos clientes cativos nos fabricantes de baterias e carros elétricos para os mercados globais cujos consumidores não gostariam de ter 'insumos marrons' nos seus carros verdes", explica a executiva. Nesse sentido, ser Carbono Zero é uma contribuição concreta para minimizar a crise climática.

"Por meio da compra de créditos de carbono originados na floresta amazônica, passamos a contribuir de forma prática para a sobrevivência da floresta: acreditamos que créditos de carbono são um dos pilares da conservação da Amazônia, pois mostram para a população amazônica que manter a floresta de pé e conservá-la, integrando um projeto sério de geração de créditos de carbono, é mais economicamente valioso do que cortar as árvores e vendê-las", acrescenta Ana Cabral.

Ao longo dos últimos seis anos, a Sigma Lithium trabalhou para reduzir ao máximo a pegada de carbono de suas operações como um todo. Além da implementação de métodos de produção ambientalmente sustentáveis, a empresa:

  • Preservou a água potável da comunidade vizinha à planta, mantendo intacto um ribeirão temporário e, consequentemente, perdendo 25% de suas reservas minerais econômicas.
  • Utiliza 15% de biocombustíveis na frota de suas operações minerais.
  • Minimizou a supressão de vegetação de caatinga nas áreas de empilhamento de estéril, utilizando áreas de pasto com vegetação já antropizada.
  • Introduziu simulações eletrônicas de cargas para diminuir o uso de explosivos nas operações.

Após essas iniciativas, a pegada de carbono da Sigma ficou bastante reduzida, viabilizando para a empresa atingir a neutralidade (carbono zero) por meio da aquisição de 59 mil toneladas de créditos de carbono no mercado não-regulado. "Acreditamos que as empresas têm um papel significativo no combate às mudanças climáticas pela redução da pegada de carbono. Na cadeia da mobilidade elétrica, essa responsabilidade é ainda maior. O Brasil propicia as conduções ideais para a instalação de todo um ecossistema industrial carbono zero, extremamente competitivo e financiado por mercados de capitais, em torno da produção dos insumos para a indústria de fabricação de baterias elétricas no mundo inteiro. Somos um país neutro, onde investimentos na indústria do lítio centrados em sustentabilidade propiciarão bem-estar social e promoção da região do Vale do Jequitinhonha para patamares de desenvolvimento econômico antes inimagináveis"

Planta industrial "greentech" instalada no Vale do Jequitinhonha

A planta de processamento greentech automatizada e digitalizada de última geração foi especialmente projetada para industrializar simultaneamente o Lítio Verde Triplo Zero e o Subproduto Verde Triplo Zero através do módulo industrial de empilhamento a seco. A planta industrial greentech é um modelo de sustentabilidade ambiental para apoiar totalmente o setor de veículos elétricos no combate às mudanças climáticas, permitindo ao Brasil tornar-se líder na transição energética global como um importante fornecedor de insumos extraídos e industrializados de maneira sustentável para o meio ambiente e as comunidades do entorno.

A Sigma recicla integralmente seus subprodutos, vendendo parte dos rejeitos e utilizando o restante para a pavimentação de estradas rurais. Essa remessa de Subproduto Verde Triplo Zero é reciclada em concentrado de lítio de grau bateria também para uso na produção de baterias de veículos elétricos. A comercialização dos rejeitos possibilita uma maior arrecadação de recursos de CEFEM / Royalties para os municípios de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, onde a planta está localizada, para que possam investir em saúde, educação e saneamento, espalhando a prosperidade do lítio na forma de bem-estar social para toda a população.

"Nos enche de orgulho saber que estamos erguendo pessoas do Vale do Jequitinhonha junto com a gente, espalhando prosperidade e criando comunidades produtivas por meio do programa de microcrédito com 10 mil mulheres no Dona de Mim, que ajuda as pequenas empreendedoras a alavancar seus negócios, e do Seca Zero, que possibilita a construção de 2 mil reservatórios de captura de água da chuva para os produtores de subsistência", finaliza a CEO, referindo-se a duas das iniciativas socioeconômicas da companhia.