26/05/2020 11h00
Foto: Divulgação
A partir de hoje (26), os práticos que atuam no Porto de Santos terão uma nova arma para evitar contaminações por Covid-19. Trata-se de um túnel de sanitização, instalado no Centro de Operações da entidade, na Ponta da Praia. Ele será utilizado pelos profissionais antes e depois de cada manobra de atracação ou desatracação no cais santista.
Ao passarem pelo túnel, práticos, marítimos e colaboradores da Praticagem de São Paulo receberão uma névoa de produto químico que garante proteção contra a doença. O equipamento, usado também em hospitais, empresas e navios, permite a desinfecção de roupas, calçados e acessórios das pessoas em deslocamento, por meio do qual a pulverização tradicional.
Segundo a entidade, os produtos utilizados não trazem riscos à saúde e seguem as normas da Anvisa. A Praticagem também iniciou um processo de desinfecção de todas as suas instalações, incluindo a sede, o estaleiro e as lanchas.
O procedimento garante proteção em média por 15 dias porque elimina a possibilidade de o vírus permanecer em locais de acesso.
Mas, riscos para os práticos continuam. A categoria é a primeira a embarcar em navios que chegam de diversas partes do mundo. E, em algumas situações, não é informada sobre casos suspeitos de Covid-19 a bordo.
Pensando nisso, a Praticagem passou a questionar responsáveis pelos navios sobre a possibilidade de tripulantes estarem doentes na embarcação. Todo o contato é gravado.
“O prático é o primeiro ser humano a ter contato com qualquer tripulação que chega por meio de portos ao País. A emissão da Livre Prática (pela Anvisa) consiste em uma relação de confiabilidade entre as partes, principalmente quanto às condições de saúde dos estrangeiros. Quando esse protocolo é quebrado e não informam os casos de covid-19 a bordo, colocamos práticos, suas famílias, colaboradores e toda comunidade em risco”, alerta o presidente da Praticagem de São Paulo, Carlos Alberto de Souza Filho.
A Praticagem defende que a Anvisa altere o protocolo, conforme o Regulamento Sanitário Internacional, e inspecione as embarcações ainda na área de fundeio, antes da atracação.
Fonte: A Tribuna de Santos