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Gestão

28 de janeiro marca a Abertura dos Portos e Dia dos Portuários

Data representa a importância dos portos e trabalhadores portuários para o desenvolvimento do Brasil

28/01/2020 08h00

Foto: Modais em Foco

Nesta terça, 28, a Abertura dos Portos às Nações Amigas completa 212 anos e a data também marca a comemoração do dia dos portuários, celebração que foi iniciada há 42 anos, para ressaltar o papel do trabalhador portuário no desenvolvimento da economia do país. Esta homenagem foi uma iniciativa da antiga Portobras, considerando a importância do dia 28 de janeiro de 1808, quando foi assinada a Carta Régia pelo príncipe regente de Portugal, D. João.

 

Há, ao longo dos séculos, uma relação de interdependência entre portos e trabalhadores, mesmo em momentos históricos específicos. Durante os séculos XVI, XVII, XVIII e XIX o trabalho escravo prevaleceu nos portos “naturais” das “terras do Brasil” e da Bahia. A relação nos séculos XX, caracterizada pela segunda e terceira revolução industrial/informacional iniciada, esta última, entre as décadas de 1950 e 1960 aos dias atuais, o fenômeno da globalização interfere nas atividades operacionais, mas, o trabalhador portuário continuou integrado e atuante no cotidiano dos portos.

A historiadora Rita de Cássia Rosado ressalta que “homenagear os portuários justifica-se devido a grandeza do trabalho executado naquele espaço, às vezes desconhecido por grande parte da sociedade, contudo, indispensável ao desenvolvimento socioeconômico e cultural do Estado e do País”.

Os portos do Brasil  para desempenharem as suas funções enquanto instrumentos fixos, de suporte à navegação, tanto no passado quanto hoje, necessitaram e necessitam de pessoas treinadas e especializadas, para atender à logística atribuída aos portos e terminais, relativas aos serviços de capatazia (realizados em terra), estiva (realizados a bordo dos navios), conferência de carga, vigilância, bloco, serviços conexos, apoio administrativo e operacional, fiscalização, dentre outros.

Para Rita Rosado, no mundo da globalização e a rapidez da evolução das novas tecnologias, em tempo recorde, pode suscitar incertezas aos trabalhadores. “Produzir, ser reconhecido e competir, torna-se difícil sem uma busca constante de especialização e atualização de conhecimentos. Basta uma leitura do significado dos pátios e armazéns do Porto de Salvador há trinta anos e, compará-los com a valorização do terminal de contêineres nos dias atuais. Duas realidades diversas e que diversas também são as gestões”, destaca.

Desde 1993, começaram às exigências quanto a qualificação dos portuários. Hoje, os trabalhadores avulsos portuários só prestam serviços nos portos se forem aprovados no concurso público realizado pelos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos), que exercem a função de registrar, administrar, fiscalizar e profissionalizar a categoria. Para a contratação é exigido também o segundo grau e aprovação, na fase final, nos Cursos de Formação -   Básico para Trabalhador Portuário (CBTP) e outros, previstos na Normam 32 da Marinha do Brasil. Na iniciativa privada é através de processo seletivo, com exigência em algumas áreas de domínio em línguas estrangeiras, também.