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Sustentabilidade

3tentos compra Grão Pará Bioenergia — e vai produzir etanol de mi

Segundo a empresa, a conclusão do projeto está prevista para o segundo semestre de 2028

03/12/2025 10h09

Foto: Divulgação

Na esteira dos biocombustíveis, a 3tentos — empresa que atua no varejo, na comercialização e na indústria de grãos — anunciou nesta quarta-feira, 3, a aquisição da Grão Pará Bioenergia, com foco na produção de etanol de milho e DDG, um coproduto do biocombustível — o investimento total é estimado em R$ 1.15 bilhão

Segundo a empresa, a conclusão do projeto está prevista para o segundo semestre de 2028. Diariamente, a planta terá capacidade de processar 2,1 mil toneladas de milho e produzir 935 m³ de etanol. Além disso, 587 toneladas de DDGS e 37 toneladas de óleo.

"A operação ainda depende do cumprimento de condições precedentes e de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)", disse a empresa em fato relevante.

Com a aquisição, a 3tentos projeta alcançar R$ 50 bilhões em receita líquida até 2032, o que representa um crescimento anual médio de 18,6%.

A incursão da companhia no setor de biocombustíveis não é inédita. Em 2024, a 3tentos anunciou iniciativas para produzir etanol a partir de sorgo e biodiesel de canola, nos estados do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul.

A empresa busca capturar o bom momento da produção de etanol no país, especialmente o derivado do milho. O Brasil figura entre os maiores produtores globais, com 36 bilhões de litros anuais — sendo 72% provenientes da cana-de-açúcar e 28% do milho, segundo a União Nacional do Etanol de Milho, a Unem.

Atualmente, o país conta com 25 plantas de etanol de milho em operação, 18 em construção e 19 em fase de projeto. Somadas, poderão elevar a capacidade instalada para 24,7 bilhões de litros até 2034, processando 56,6 milhões de toneladas do grão, de acordo com estimativas da consultoria agrícola Datagro.

O crescimento tem sido acelerado: a produção saltou de 2,6 bilhões de litros na safra 2020/2021 para patamares quase quatro vezes maiores em poucos anos.

Além disso, desde agosto, está em vigor a Lei Combustível do Futuro, que amplia os percentuais de mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel. A legislação aumenta a previsibilidade regulatória e estimula a expansão da cadeia de combustíveis limpos.