Utilizamos cookies de terceiros para fins analíticos e para lhe mostrar publicidade personalizada com base num perfil elaborado a partir dos seus hábitos de navegação. Pode obter mais informação e configurar suas preferências AQUI.

Transporte Terrestre

40% das empresas de ônibus interestaduais não vão se reerguer

Abrati diz que setor já entrou em “estado crítico” e menos de 10% da frota estão em operação

22/04/2020 11h07

Foto: Divulgação

Quase metade das empresas de ônibus interestaduais no Brasil atingidas pela crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus não vai conseguir voltar a operar depois que tudo passar. A estimativa é da Associação Brasileira de Transporte Terrestre de Passageiros - Abrati, que reúne as companhias do setor. Segundo a entidade, em nota, “40% das empresas não deve voltar a operar pós-pandemia”.

A associação das empresas de ônibus ainda atualizou na última segunda-feira (20) os dados da movimentação do setor e informou que o “serviço de transporte rodoviário interestadual de passageiros opera com menos de 10% da frota em todo o país”.

Para a Abrati, é necessário um socorro governamental ao setor de transportes interestaduais, e que em torno de 30 mil empregos “estão em risco”. O prejuízo das empresas, ainda de acordo com a associação, é de quase R$ 3 bilhões, como explica a nota.

Com o grave cenário e a suspensão do serviço de ônibus interestadual em várias partes do país, a Abrati, que tem praticamente 94% do serviço ativo no Brasil, registra que a maioria das empresas associadas sofreu drástica perda de receita nos últimos 15 dias, por causa das medidas necessárias, de isolamento social e também pela redução das viagens em todo o Brasil. Neste ano já houve prejuízo de R$ 2,8 bilhões para as empresas do setor regulado de passageiros, segundo a Abrati.

Sem a ajuda financeira do Governo, as empresas de ônibus interestaduais seguem enfrentando desafios para manter o serviço ativo, desde a operação nas rodoviárias, que estão suspensas na maior parte do país e a realização das viagens com restrições locais ao transporte.

A Abrati informa que as operadoras do serviço regular buscam alternativas para evitar demissões, adotam programas de antecipação de receitas e outras medidas, cientes da responsabilidade social na prestação do serviço.

Mesmo com estes esforços alegados pelas empresas para não cortas postos de trabalho, muitas já estão realizando demissões e suspensão das atividades de garagens, tanto companhias maiores, como gigantes, a exemplo de Grupo JCA (Cometa, 1001, Catarinense, entre outras), Águia Branca e Itapemirim/Kaissara.

Ainda de acordo com a nota, “por ano, o setor transporta mais de 50 milhões de passageiros e emite em média 2,2 milhões de passagens, além da oferta de 4,8 milhões de gratuidades anualmente também”.

Fonte: Diário do Transporte