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Artigo

A importância do mercado automobilístico para a economia nacional

Danilo Ibanez

03/11/2020 09h00

Foto: Pexels

É importante ressaltar que o desenvolvimento econômico brasileiro sempre esteve associado aos resultados bem-sucedidos dos seus setores produtivos. Afinal, para que o cenário da nossa economia se tornasse cada vez mais promissor, todos os setores atuantes como meio de capitalização brasileiro apresentaram relevância em determinado momento histórico.

Há um século, o setor primário representava um carro-chefe no Brasil, por meio de atividades agrícolas e de pecuária que garantiam faturamentos expressivos. Em um segundo momento, porém, o setor secundário indicou a principal tendência, fato que retratou uma nova era estrutural no país que, em meio ao seu processo de urbanização e desenvolvimento estrutural, pôde atribuir ao processo de transformação das matérias-primas provenientes do setor primário uma forma de consolidar nossa economia.

E, por fim, a perspectiva alterou-se de maneira mais sintomática com a expansão do setor terciário, cujo impacto positivo no empreendedorismo tornou-se um marco. Registrando índices de faturamento que superaram quaisquer que fossem as expectativas, especialmente as principais metrópoles, a disseminação do comércio e pluralização na oferta de serviços refletiu no boom que, atualmente, notabilizou as atividades terciárias como as mais influentes em nossa economia.

O comportamento do consumidor

Na medida que a demanda do setor terciário se acentuou, juntamente à chegada do século XXI, inúmeras indústrias foram contempladas com essa nova tendência de consumo. Entretanto, as condições que correspondiam ao panorama financeiro brasileiro pareciam ser propícias para o alavancamento dos mais diversos mercados, levando-se em conta que o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu no período, a taxa de desemprego recuou de forma surpreendente e, no que diz respeito à discrepância social entre as classes, os prognósticos que indicavam melhores condições de consumo e qualidade de vidas as classes C e D se concretizaram, refletindo em maior acessibilidade para os públicos mais desfavorecidos socialmente investirem.

O crescimento do patrimônio sempre foi uma motivação aos cidadãos inseridos no mercado de trabalho. Através da aquisição de bens como imóveis, carros, assim como roupas de marca e itens de luxo, o brasileiro aponta uma forma bem entusiasmada de lidar com o dinheiro, aderindo à novos hábitos que ilustrem a intensificação do consumo. Porém, considerando os bens mencionados, o anseio em adquirir um veículo é o que melhor caracteriza a postura do brasileiro no mercado, contribuindo para o crescimento da indústria automotiva e estimulando investimentos das montadoras situadas no exterior, de maneira que o sonho da casa própria seja muitas vezes preterido em relação à motivação de automóvel comprado.

As projeções otimistas que sucumbiram com a Covid-19

Fato é que, quando nos deparamos com uma parcela populacional mais humilde demonstrando inclinação em comprar um veículo, esse fator indica que a indústria automotiva em âmbito nacional foi amplamente beneficiada. Traduzindo em números, o PIB Industrial do país está vinculado em 22% ao segmento automobilístico, evidenciando um grande sugestionamento que esse setor exerce em nossa economia.

No entanto, a chegada da Covid-19 no Brasil provocou muitas consequências em mercados diversos, como no mercado de veículos. Em virtude da queda no poder de compra e da determinação de fechamento de concessionárias, as finanças comprometidas dos consumidores afetaram o caixa das montadoras, cuja perspectiva de arrecadação em 2020 era bem animadora. A previsão no setor que, para esse ano, indicava crescimento de 9%, foi por água abaixo com o surgimento da pandemia, também impactando na fabricação de veículos, a qual agora projeta 2 milhões de unidades produzidas até o final do ano, sendo que a expectativa era de 2,9 de unidades, anteriormente.

Como o crescimento da economia nacional está condicionada à expansão das suas indústrias, o mercado automotivo detém um papel fundamental para a retomada econômica no Brasil, uma vez que esse setor é um dos protagonistas de nossa indústria. Todavia, para que sejam promovidas venda de carros conscientes nos lugares que o consumidor acostumou-se, torna-se vital aguardar o momento mais oportuno, pautando-se nos índices da pandemia e, quando identificado o cenário mais propício para as aglomerações em consórcios serem retomadas, que as fabricantes não pensem duas vezes, reforçando a importância de zelar pelo bem-estar do seu cliente.

Danilo Ibanez – Redator freelancer da FBS Mídia