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Entrevista

A Vamos pretende chegar a 100 mil ativos locados até 2025

“Estamos vendo o mercado aquecido para o nosso negócio”, diz o CFO da empresa, Gustavo Moscatelli

13/02/2023 21h00

Foto: Divulgação 

Controlado pela holding Simpar, o Grupo Vamos, líderes no setor de locação de caminhões, máquinas e equipamentos do Brasil, reportou um lucro líquido recorde de R$ 254,3 milhões no quarto trimestre de 2022, uma alta de 116% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2022, a elevação foi de 66,2%, alcançando R$ 668,6 milhões. A companhia deve manter a estratégia atual, visando atingir 100 mil ativos locados até o ano de 2025.

A receita líquida de R$ 1,391 bilhão no quarto trimestre representa uma elevação anual de 72,4%. No ano como um todo, a receita líquida chegou a R$ 4,913 bilhões, acréscimo de 74,0% em relação a 2021. No 3T22, o lucro líquido foi de R$ 150 milhões, enquanto a receita líquida foi de R$ 1,378 bilhão.

Enquanto isso, o Ebitda registrado pela empresa foi de R$ 566,8 milhões no quarto trimestre, 88,7% superior na comparação anual. Em 2022, o aumento foi de 84,2%, totalizando R$ 1,933 bilhão.

Em julho de 2022, a agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou a elevação da nota de crédito para ‘AAA(bra)’. “Nosso setor funciona bem mesmo em um ambiente anticíclico”, aponta o CFO da Vamos, Gustavo Moscatelli.

Para reforçar o caixa diante de oportunidades de crescimento, a companhia emitiu em fevereiro R$ 650 milhões em Certificados de Recebíveis de Agronegócio (CRAs). Para os próximos meses, ainda não há definição ou andamento de novas medidas similares, mas Moscatelli adianta que a empresa deve acessar o mercado de dívida novamente neste ano. “Estamos vendo o mercado aquecido para o nosso negócio e vamos acessar o mercado para alavancar o crescimento”, completa.

O que motivou lucro líquido recorde no trimestre e quais serão os principais drivers da companhia nos próximos trimestres?

Sem sombra de dúvidas, a gente teve mais um trimestre de destaque, e o lucro é proveniente de um crescimento acelerado no segmento de locação, com a assinatura de novos contratos e com a implantação desses contratos. Então o crescimento acelerado da locação com uma excelente performance também nas concessionárias culminou em mais um lucro recorde. Todo trimestre estamos batendo recordes, mas esse é emblemático.

A companhia anunciou que está com sólida posição de caixa, quer junto com as aplicações financeiras seriam suficientes para cobertura de dívida bruta até meados de 2025. Qual será o plano de investimentos para os próximos anos?

Embora haja um momento bastante turbulento do ponto de vista macroeconômico, esperamos que esse ano seja mais um ano de forte crescimento, pois o nosso segmento de locação funciona muito bem também no ambiente anticíclico, macroeconomicamente falando. Acredito que esse ano a gente vai ter mais um ano com crescimento bastante robusto e isso obviamente demanda bastante capital. Por isso, a gente se programou antecipadamente fazendo captações ao longo do último trimestre.

O total de 43,8 mil ativos na frota é 65,5% superior ao 4T21. Quais as metas nessa frente?

A gente tem 80% dos nossos ativos como caminhões e o restante são máquinas agrícolas e empilhadeiras. E essa é a nossa estratégia de crescimento. O mercado de caminhões é o maior mercado endereçável que tem no Brasil e é o que a gente tem a maior expertise pelo DNA da companhia, de ter nascido de um operador logístico que atua com caminhões há mais de sessenta anos.

Mas os outros mercados também são relevantes, com a companhia crescendo com esse mix. Nós temos um guidance para 2025 de atingir 100 mil ativos locados. A gente está até um pouco à frente do nosso planejamento inicial com os números atuais.

Haverá alguma mudança de estratégia neste ano? Qual mensagem gostaria de deixar aos investidores?

Não tem nenhuma mudança de estratégia. A estratégia da companhia continua pautada na aceleração do crescimento orgânico dada a oportunidade que a gente tem para crescer e se desenvolver no Brasil.

Nós somos pioneiros e líderes nesse mercado numa velocidade que é a maior possível. A mensagem final que fica é que a companhia estourou o teto do guidance que a gente tinha e isso mostra uma aceitação muito grande pelo nosso modelo de negócio. Estamos preparados para continuar crescendo e acelerando os números da companhia.

Publicado no Investing.com