20/10/2023 15h10
Foto: Porto de Itajaí - Luciano Sens.
O canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes está fechado desde o dia 4 de outubro por conta das fortes chuvas que atingiram a região no começo do mês. Por serem um importante polo da economia local, esse fato trouxe prejuízos não só às empresas de navegação, que fazem fila com seus navios para atracação, mas também às cidades.
Ainda não há uma data definitiva para reabertura do canal, e pode demorar ao menos uma semana. Isso porque a previsão da Defesa Civil para o tempo indica continuidade das chuvas, mas com enfraquecimento gradual. A entidade retirou o alerta laranja para temporais na última terça-feira (17) e a colocou em observação.
O fechamento do canal de acesso aos portos foi feito pelas autoridades portuárias de Itajaí por questões de segurança das embarcações, o que fez com que as operações fossem restringidas. Esse fato, além de reduzir as atividades no local, gerou, inevitavelmente, prejuízo aos operadores portuários e às empresas privadas.
“A Portonave (gestora do porto de Navegantes) já deixou de ter uma receita de 100 milhões de dólares (cerca de R$ 503 milhões)”, disse Osvaldo Agripino, advogado e professor de direito portuário. E o entrave se estende também a transportadores, já que, em caso de mudança do destino da carga, devem arcar com os custos.
“Além da problemática operacional, há esse possível aumento de despesas em função da operação”, apontou Agripino. Para os usuários clientes das transportadoras que tinham endereço aos portos, o advogado reitera a cautela do cumprimento dos deveres do fornecedor de serviços no contrato estipulado.
Portos tem filas de navios para acesso até o fim de outubro
De acordo com a assessoria da Superintendência do Porto de Itajaí, mais de 30 navios não entraram no complexo desde 5 de outubro, tanto no município quanto em Navegantes. Há, pelo menos, 26 embarcações programadas para ingressar no porto até o fim do mês.
Como o funcionamento do porto é também essencial para a economia de Itajaí e Navegantes, o fechamento do canal de acesso também afetou as administrações municipais.
“Obviamente, a impraticabilidade gera uma perda de arrecadação, mas a Marinha trabalha em prol da segurança e, por isso, fez sentido”, ressaltou Jucelino dos Santos Sora, diretor de engenharia da Superintendência do Porto de Itajaí.
Fonte: ND