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Os 12 aeroportos privatizados pelo governo federal em março do ano passado devem começar a receber os primeiros investimentos das concessionárias em junho e julho deste ano, disse Marcelo Sampaio, secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura.

Sampaio explicou que a demora de mais de um ano para realização dos investimentos ocorre por causa das etapas necessárias a serem cumpridas pelas concessionárias. Ele citou que, após o período de assinatura de contratos, as concessionárias precisam realizar levantamento de patrimônio dos aeroportos e captar recursos de fundos.

“Pessoal fala que investimento é rápido no setor privado, mas na prática não se vê dessa forma”, disse Sampaio, acrescentando que “até hoje não teve um real feito de investimento e aporte nesses aeroportos” concedidos pelo governo no início do ano passado. “Previsão é que a partir de junho e julho os investimentos comecem efetivamente”, disse.

O governo leiloou em março do ano passado 12 aeroportos no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com expectativa de investimentos de R$ 3,5 bilhões pelos próximos 30 anos. Foram concedidos, por exemplo, os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ), além de Recife (PE), Maceió (AL) e Aracaju (SE).

O secretário-executivo voltou a apresentar o plano Pró Brasil, lançado pelo governo federal em abril e que espera alcançar R$ 250 bilhões em contratos de concessão à iniciativa privada e prevê R$ 30 bilhões de investimentos públicos.

Ele lembrou que os investimentos públicos previstos no programa lançado pelo governo poderiam começar a receber recursos em apenas 90 dias. “Estamos selecionando obras que já têm projeto executivo, têm licenciamento ambiental. Eles demandam recursos apenas”, disse ele.

O governo federal atua hoje pela sexta rodada de concessão de aeroportos, prevista para ocorrer no início do ano que vem. O plano é leiloar 22 aeroportos agrupados em três blocos regionais. Entre os aeroportos divulgados pelo governo estão Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Goiânia (GO), entre outros.

Segundo Sampaio, com as privatizações, não está descartada a ideia de incorporar a Infraero com outras autarquias, como está ocorrendo agora entre a Valec e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). “Era inicialmente a intenção fazer a incorporação das três, mas a Infraero acabou sendo retirada. Vamos reavaliar no futuro”, disse ele.

Fonte: Valor Econômico