26/09/2020 15h25
Foto: Divulgação
Segundo a Associação de Transporte Aéreo da América Latina e do Caribe (Alta), as companhias da região transportaram 307,3 milhões de passageiros em 2019, 3,9% a mais que no ano anterior.
Dos mais de 307 milhões de passageiros transportados, 232,2 milhões fizeram voos domésticos, resultando em 81% de ocupação média das aeronaves; e 75 milhões em voos internacionais, com 83% de ocupação. A América Latina e o Caribe representam 8% do mercado global de aviação.JET
Em 2019, a Latam Airlines Group foi a companhia aérea dominante na região, quando considerado o grupo como um todo. Isoladamente, as empresas tiveram maior presença nos mercados chileno, peruano e equatoriano.
A maior rival da Latam no mercado internacional foi a Avianca Holding, com ampla presença na América Central e na Colômbia. No quadro geral, a companhia colombiana ficou em 3º lugar, atrás da brasileira Gol, com domínio no âmbito doméstico do Brasil.
No entanto, uma primeira mudança desse ranking será resultado das ações de Latam e Avianca, que decidiram fechar subsidiárias em países de atuação. A Avianca deixou de voar com sua filial no Peru e a Latam na Argentina. No futuro, será possível avaliar melhor qual foi o impacto desses movimentos na recuperação das empresas.
Brasil e México têm a maioria de suas companhias aéreas no TOP 10. A Gol permaneceu estável durante 2019, apesar de ter que lidar com o rápido crescimento regional da Azul e a parada do 737 MAX. O mercado mexicano foi muito competitivo, onde a Volaris dominou e a Vivaaerobus teve uma expansão com resultados expressivos. Interjet e a AeroMéxico, caíram no ranking e lidaram com reestruturações internas. Já na pandemia, a Interjet chegou a devolver 85% de suas aeronaves aos seus arrendadores e a AeroMéxico planeja descartar parte de seus B787 e E-Jets no futuro, como parte de sua recuperação judicial. Mesmo assim, o país lidera a retomada da aviação comercial em toda região.
Copa Airlines e Aerolíneas Argentinas fecham o TOP 10, sendo as companhias aéreas que têm crescido estrategicamente em seus mercados-chave. Através de seu hub no Panamá, a Copa pode conectar diferentes cidades do continente, mas teve o crescimento impactado pela suspensão das operações do B737 MAX. A Aerolíneas manteve o crescimento no mercado interno.
Fechamos o TOP 20 com seis low cost que vêm revolucionando o mercado sul-americano e onde estão as expectativas de retomada. A colombiana Viva Air, a chilena SKY Airline e a JetSMART, que controla algumas companhias na região se destacaram em seus respectivos países. A pequena Easyfly, da Colômbia, aproveitou o flanco aberto após a paralisação da Aerolínea Antioquia e apareceu no TOP 20. A Caribbean Airlines segue dominante no Caribe, embora a Intercaribbean Airways esteja caminhando para tirar essa supremacia.
Atualmente, o mercado latino-americano segue tenebroso em razão da crise internacional, e podemos ter mais clareza sobre os impactos com os números da fase pré-pandemia.