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Transporte Terrestre

Alta dos combustíveis impulsiona venda de carros elétricos na BA

De acordo com ABVE, em 2021, foram emplacados 1.212 veículos leves eletrificados, um crescimento de 51%

11/04/2022 16h23

Foto: Divulgação

Bahia se manteve, nos últimos dois anos, em oitavo lugar no ranking dos dez estados brasileiros que mais emplacaram veículos leves eletrificados, com participação em torno de 3% a 4% das vendas totais desse mercado. De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em 2021, foram emplacados 1.212 automóveis, um crescimento de 51% ante ao ano anterior, que teve 801.

A diretora da ABVE, Iêda de Oliveira, atribui esse crescimento aos constantes aumentos nos preços dos combustíveis e acredita que a eletromobilidade é um processo irreversível no Brasil, assim como aconteceu na Europa, China e, mais recentemente, nos Estados Unidos. “Devemos continuar a subsidiar a velha indústria do combustível fóssil ou devemos apostar na indústria do futuro, que é a eletromobilidade?”, questiona.

Na Bahia, o primeiro passo para alavancar as vendas seria o estado implantar uma legislação de redução/isenção de IPVA para veículos elétricos, como a que já existe em oito estados brasileiros, a exemplo de São Paulo, Pernambuco e Piauí.

“Um caminho é o estado e os principais municípios adotarem políticas claras de eletrificação do transporte. Criar leis para a troca dos ônibus a diesel por ônibus elétricos na região metropolitana de Salvador e nas principais cidades; oferecer incentivos à micromobilidade urbana, com mais ciclovias e ciclofaixas para o trânsito de veículos elétricos levíssimos, como e-bikes, e-scooters, e-monociclo e e-motos e dar preferência a veículos elétricos nas autorizações de operação de frotas de carga urbana ou aplicativos de transporte”, afirma a diretora.

Existem ainda alguns desafios para que esse tipo de veículos ganhe as ruas baianas, um deles é a montagem dos eletropostos, onde as baterias podem ser recarregadas. Segundo a ABVE, em fevereiro a Bahia contava com 2% das estações existentes no Brasil, aproximadamente 30 pontos. Algumas empresas já estão investindo nesse mercado, a exemplo da Tupinambá Energia, que anunciou um acordo com uma grande rede de postos de combustível para instalar 3 mil eletropostos em um ano.

Recarga

O Grupo Neoenergia também já implantou infraestrutura de recarga por meio do “Corredor Verde”, eletrovia com mais de 1.100 quilômetros de extensão entre a Bahia e o Rio Grande do Norte, com 18 pontos de recarga para veículos elétricos, sendo doze ao longo das rodovias e seis em shoppings localizados em Salvador, no Shopping da Bahia, Recife e Natal. O projeto faz parte do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Outro desafio citado pela ABVE é dar segurança ao potencial comprador de veículo eletrificado e às empresas e investidores dispostos a produzir veículos eletrificados no Brasil.

“No caso dos transportes públicos, o desafio é sensibilizar prefeitos, governadores, vereadores e deputados estaduais a aprovarem leis que fixem prazos para a conversão do transporte público a diesel em transporte de baixa emissão. A ABVE defende uma Política Nacional de Eletromobilidade, a exemplo da que já existe na Europa, China e Estados Unidos. Esta política terá como objetivo integrar as diferentes políticas isoladas já adotadas por alguns estados e municípios numa estratégia nacional de eletromobilidade, com metas claras de redução de poluentes e prazos para a abolição das vendas de veículos a combustível fóssil no Brasil”, conclui Iêda.

O carro elétrico mais barato à venda no país é Chery Arrizo 5e (R$ 159.900) – sob encomenda, seguido pelo JAC e-JS1, que custa R$ 164.990. Os lançamentos mais recentes são o Volvo C40 Recharge (R$ 419.990), BYD Tan (R$ 479.950) e BMW iX (R$ 654.950 a R$ 799.950). Já o modelo mais caro é o Porsche Taycan Turbo S, que não sai por menos de R$ 1.079.000.

Fonte: Bahia de Valor