21/05/2021 17h34
Foto: Divulgação
A Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), nova empresa do grupo Itapemirim, conseguiu o sinal verde da diretoria colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para sua outorga de concessão. A autorização é para a exploração de serviços de transporte aéreo público regular e não regular de passageiro, carga e mala postal, doméstico e internacional. A aprovação, que saiu em reunião deliberativa eletrônica extraordinária na quinta-feira (20), publicada no Diário Oficial da União, era um passo fundamental para que o grupo pudesse iniciar as vendas de passagens aéreas nesta sexta (21), como previsto.
A Procuradoria Federal já havia emitido parecer favorável à outorga da concessão à empresa no mês passado. Mas faltava o veredicto da diretoria da Anac para o início das vendas.
Em meio ao caos do setor aéreo por causa da Covid-19 e com uma recuperação judicial em andamento, o grupo Itapemirim está cada vez mais próximo de lançar sua companhia aérea. O primeiro voo será no dia 29, de forma simbólica de São Paulo para Brasília, com operação regular prevista para o dia 30. O cronograma anterior era iniciar as operações em março, mas ficou comprometido por causa da pandemia.
Até agora o grupo recebeu dois aviões e espera receber mais três até o dia 30. A intenção é chegar no fim do ano com 20 aeronaves e em junho do ano que vem, com 50. Todas serão Airbus, sendo 40 unidades do A320 e 10 do A319. A proposta é usar o A319, que é menor, em pistas como Congonhas e Santos Dumont, aeroportos no radar da Ita, mas sem previsão de início.
Na estreia, a empresa estará presente em oito cidades: Belo Horizonte-Confins (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro-Galeão (RJ), Salvador (BA) e São Paulo-Guarulhos (SP). As capitais Recife (PE), Maceió (AL), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Natal (RN) serão somadas à malha a partir de 1º de agosto de 2021. Até junho de 2022, a companhia pretende ampliar a sua cobertura e chegar a 35 destinos no Brasil.
A ideia do grupo é oferecer mais espaço ao passageiro ao optar por configuração de 162 lugares, 18 a menos do que a configuração máxima do A320. O maior conforto, entretanto, não representaria bilhetes mais caros frente aos concorrentes, segundo os executivos da empresa.
Para além da crise de Covid-19 no setor aéreo, há diversos desafios no horizonte da ITA. Um deles é a disputa com os antigos donos do grupo, a família Cola, que pede a anulação da venda ao apontar falsidade ideológica do comprador, acusação refutada pelo atual dono, Sidnei Piva. Outro desafio é a própria recuperação judicial que, segundo Piva, tem data para chegar ao fim: dia 24 deste mês.
Fonte: Valor Econômico