07/10/2022 15h42
Foto: Divulgação
A Agência Nacional de Aviação Civil - Anac determinou que o Aeroporto de Fernando de Noronha deixe de operar com jatos a partir do dia 12 de outubro.
A medida foi justificada por conta das condições da pista do aeroporto, que apresenta degradação desde 2019, quando foi feita inspeção pela Anac.
Segundo a agência, a atual administradora, Dix Empreendimentos, não havia realizado “a restauração do pavimento, apenas intervenções paliativas com aplicação de asfalto tipo pré-misturado a frio, e resultados de ensaios indicaram o comprometimento funcional da superfície do pavimento”.
Como não há aderência adequada da manta asfáltica, o movimento de aeronaves a jato provoca o desprendimento da superfície, daí a razão para restringir as operações.
A restrição parcial já foi recebida pelas companhias aéreas que operam em Fernando de Noronha. A Azul afirmou que “está trabalhando em um plano de contingência para minimizar os impactos causados aos Clientes e residentes da ilha”.
A empresa deverá substituir os jatos E195-E2 pelos seus turboélices ATR 72, que estão autorizados a continuar operando. Já a Gol, que voa com o Boeing 737, não possui aeronaves compatíveis com as novas condições da pista – a companhia não havia emitido nota a respeito do problema até a publicação deste artigo.
Investimentos e nova concessão
O governo do estado de Pernambuco comunicou em nota que está tomando medidas para sanar os problemas e que a pista será recuperada em até dois meses, como parte de um investimento de quase R$ 60 milhões.
A Dix afirmou que tentará reverter a decisão até o dia 12, mas reconheceu que o estado da pista é bastante preocupante. A empresa diz ter tapado todos os buracos, mas que a reforma definitiva atrasou por conta de recursos na Justiça.
O Aeroporto de Fernando de Noronha possui uma pista com 1.900 metros de extensão além de instalações bastante modestas. Em setembro, o governo estadual anunciou uma nova concorrência para concessão de 25 anos do terminal e que inclui investimentos significativos na infraestrutura do local.