03/11/2025 07h04
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia elétrica durante o mês de novembro. Com isso, o consumidor continuará pagando R$ 4,46 extras a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. As informações são da Agência Brasil.
A decisão ocorre após dois meses de cobrança maior, quando vigorou a bandeira vermelha patamar 2. Em outubro, a Aneel havia reduzido o adicional, e agora optou por manter o patamar intermediário devido ao cenário climático ainda desfavorável para a geração hidrelétrica.
“O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1”, informou a Aneel.
Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, foi implementado para refletir o custo real da geração de energia. As bandeiras são classificadas pelas cores verde, amarela e vermelha, e indicam ao consumidor quando há necessidade de acionamento de usinas mais caras.
As bandeiras tarifárias são definidas mensalmente pela Aneel e indicam os custos da geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). Quando o custo é baixo, aplica-se a bandeira verde, sem cobrança adicional. Nas bandeiras amarela e vermelha, o valor pago aumenta proporcionalmente à necessidade de geração térmica.
A cobrança extra é aplicada diretamente na conta de luz e repassada às distribuidoras de energia por meio da conta Bandeiras, mecanismo criado para dar transparência à política de custos.
Especialistas orientam como economizar energia
Com a chegada da Primavera, as temperaturas começam a subir em Salvador e o uso de ventiladores e ar-condicionado volta a aumentar nas residências. Essa mudança de estação costuma elevar o consumo doméstico e trazer preocupação para famílias que já sentem o impacto das contas. Diante deste cenário, consumidores e especialistas procuram formas práticas de reduzir o gasto sem abrir mão do conforto necessário para dias quentes.
Em alguns locais, casas maiores e maior presença de equipamentos climatizadores naturalmente elevam o consumo médio; em outros, residências menores e uso mais moderado resultam em contas mais baixas. Entender essas diferenças ajuda a priorizar intervenções e a identificar onde a economia será mais efetiva.
Como reduzir o consumo de energia em casa
O professor de Engenharia Elétrica da Unifacs, Ramon Nunes, sócio-proprietário da Renovare Engenharia, explica que o consumo de energia em residências em Salvador varia conforme a renda e o padrão do imóvel. Casas de classe média e alta tendem a ter ar-condicionado usado com frequência, máquinas de lavar mais completas, lava-louças e outros eletrodomésticos modernos, enquanto residências com menor renda costumam ter equipamentos mais simples e consumo significativamente menor.
“Os equipamentos que consomem mais energia em uma casa vão variar de acordo com a renda ou o tipo do imóvel. Locais de classe média e alta geralmente têm ar-condicionado usado com frequência, máquinas de lavar com lava e seca, lava-louças, micro-ondas, airfryer, presentes na maioria das residências. Já casas sem ar-condicionado normalmente usam ventilador e têm eletrodomésticos mais simples, consumindo entre 100 e 200 kilowatt-hora em média. Então, de acordo com a renda, o padrão do imóvel também varia o consumo de energia”.
Durante a Primavera e o Verão, o ar-condicionado e os ventiladores respondem por grande parte do consumo. O uso prolongado desses aparelhos aumenta consideravelmente a conta de luz, e o gasto depende do modelo e da frequência de uso, sendo especialmente relevante para famílias que usam ar-condicionado várias horas por dia.
Fonte: Agência Brasil