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Logística

Arco Norte deve receber R$ 1,5 bi para manutenção de rodovias

Os valores estão previstos pelo Ministério dos Transportes para manutenção e recuperação de estradas

08/02/2023 09h07

Foto: Divulgação 

Rodovias do corredor logístico do Arco Norte devem receber em 2023 R$ 1,5 bilhão de um total de R$ 2,7 bilhões previstos pelo Ministério dos Transportes para manutenção e recuperação de estradas, segundo apresentação feita na terça-feira (7) pelo ministro da pasta, Renan Filho, a seus pares nos ministérios de Portos e Aeroportos, Márcio França, e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Na reunião, foram propostas obras prioritárias para os próximos 100 dias, visando melhorar o escoamento da safra de grãos do ciclo 2022/23, estimada em 310,9 milhões de toneladas (dado da Conab), 14,5% maior que na temporada passada.

“Os ministros dos Portos e Aeroportos e da Agricultura vão avaliar esse plano, observar se há pontos a serem corrigidos, melhorados, para conjuntamente enfrentarmos as dificuldades do Brasil para exportar sua produção. Nesses primeiros 30 dias (de novo governo), já pagamos R$ 600 milhões em manutenção; dos R$ 2,7 bilhões, boa parte será aplicada nos próximos 90 dias”, disse Renan Filho a jornalistas em Brasília (DF), após o término da reunião – da qual participaram também representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A pasta prevê investir um total de R$ 9 bilhões na recuperação de rodovias, neste caso não apenas as voltadas ao escoamento da safra.

O peso dos portos do Arco Norte – Itacoatiara (AM), Barcarena (PA), Santarém (PA), São Luís (MA), Itaqui (AM), Salvador (BA) – nos embarques de grãos ao exterior vem aumentando ano após ano: em 2017, 24% de toda a soja e 26% do milho exportados pelo País saíam pelos terminais da região; já no ano passado, os porcentuais chegaram a 33% e 46%, respectivamente. O maior fluxo é esperado neste ano no corredor que liga Sorriso (MT) a Santarém (PA), pela BR-163, 18 milhões de toneladas de grãos. Por todos os terminais do Arco Norte, devem ser escoados 141 milhões de toneladas de soja e milho na safra 2022/23.

Para os primeiros 100 dias, devem ser priorizadas pelo ministério dos Transportes intervenções nas estradas que levam a produção graneleira aos portos do Arco Norte, em especial os de Santarém (PA), Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA), e do Corredor Sudeste, pelos terminais de Santos (SP) e Vitória (ES). No Arco Norte, estão previstas para o período a recuperação e duplicação de trechos da BR-135, no Maranhão, um viaduto na BR-010, também no Maranhão, bem como a recuperação de 16,5 quilômetros da BR-010 no Pará. Está no plano, além disso, dar ordem de início de obras nas rodovias federais 158, 174, 242, 364, na BR-364 em Rondônia e 135 no Maranhão; retomada de obras na BR-163 e na BR-364 (Contorno norte de Cuiabá-MT), assim como recuperação de 385 quilômetros da BR-364 em Mato Grosso. Ainda há previsão de licitações para duplicação ou recuperação das rodovias federais BR-364 (MT), 364 (RO), 153/226 (TO), 135 (MA) e 242 (BA).

No Corredor Sul Sudeste, o plano do Ministério dos Transportes inclui a entrega de 12 obras de recuperação, duplicação ou adequação nas rodovias federais 277 (PR), 163 (PR), 262 no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul, 267 (ES), 376 (MS), 116 (RS), 158 e 287 (RS), 470 (SC), 282 (SC), 163 (SC); também deve ser ordenado o início das obras de restauração, recuperação ou construção nas BR-267 (MS), BR-262 (MS), BR-116 (RS) e BR-392 (RS). Constam ainda no plano licitações e novas contratações para trechos da BR-267 (MS), BR-116 (RS) e BR 282 e 470 (RS), além de retomadas de ações em rodovias do Paraná e de Mato Grosso do Sul.

Segundo Renan Filho, a malha rodoviária brasileira “vinha piorando” nos últimos seis anos e os investimentos da pasta dos Transportes, caindo. “Agora aumentamos nossa capacidade de investimento e isso precisa significar mais entregas, por isso fizemos e discutimos o plano de 100 dias”, disse.

Fonte: Estadão Conteúdo