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Transporte Aéreo

Argentina proíbe venda de passagens aéreas até setembro

Medida é a mais restritiva no continente e pode prejudicar empresas aéreas privadas.

28/04/2020 16h03

Aeroporto Jorge Newbery, em Buenos Aires (Argentina), fechado por causa da pandemia de Covid-19, em foto de 21 de abril — Foto: Miguel Lo Bianco/Reuters

Argentina proibiu todas as vendas de passagens aéreas comerciais até setembro, numa das mais duras restrições de viagens no mundo em razão da pandemia de novo coronavírus, fazendo a indústria alertar que a medida pressionará companhias aéreas e aeroportos.

Enquanto as fronteiras do país estão fechadas desde março, o novo decreto vai além, proibindo até 1º de setembro a compra e venda de voos comerciais a partir, com destino, ou dentro da Argentina. O decreto, assinado pela Administração Nacional de Aviação Civil, afirmou que "foi entendido como razoável" implementar as restrições.

Muitos países da América do Sul, incluindo EquadorPeru Colômbia, têm proibido todos os voos comerciais por enquanto. Porém, nenhum estendeu a restrição de forma tão longa quanto a Argentina. Estados Unidos, Brasil e Canadá impuseram restrições, mas não proibições.

"O problema era que as companhias aéreas estavam vendendo passagens sem terem autorização para viajar para solo argentino", disse um porta-voz do presidente Alberto Fernandez.

Pressão a companhias privadas

A proibição pressiona a Latam, que tem uma importante operação doméstica na Argentina, e tem buscado ajuda de vários governos. A maior companhia local, a Aerolineas Argentinas, é estatal e pode sobreviver enquanto o governo estiver disposto a subsidiá-la.

A proibição também afetaria companhias menores e de baixo custo, que cresceram rapidamente na Argentina com o apoio do ex-presidente Mauricio Macri, como a FlyBondi no mercado interno, e SkyAirlines e JETSmart, que voam internacionalmente.

Fonte: Globo.Com