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Em meio a um período de declínio da demanda global, onze das principais companhias marítimas do mundo estão programadas para entrar em 89 navios porta-contêineres durante o ano de 2023, coincidindo com a adição de novas unidades de contêineres, encomendadas durante a escassez de capacidade de transporte em 2021, de acordo com o relatório mais recente da Alphaliner . Entre as empresas que aumentarão sua capacidade estão as nove integrantes das três grandes alianças, além da ZIM e Wan Han Lines, que incorporarão em suas frotas navios de 24.000 TEU megamax, 13.000 a 15.000 neopanamax, juntamente com modelos tradicionais de 7 mil TEUs.

Alianças

Entre os membros da aliança 2M, a MSC será a protagonista da nova capacidade, recebendo 33 navios entre neo-panamax e megamax. Presumivelmente – de acordo com a Alphaliner – a MSC implantaria suas novas embarcações em rotas não pertencentes à aliança, como o relançamento de seu serviço exclusivo 'Dragon' para o leste, preparando-se para o fim do acordo no final de 2024. De sua parte, A Maersk não receberá novas unidades durante 2023, aguardando seu pedido de navios compactos movidos a metanol de 16.200 TEU programados para 2024, parte de sua oferta de transporte neutro em carbono que pretende implantar assim que sair da aliança com a MSC. 

No caso da Ocean Alliance, a OOCL receberá seis unidades megamax, enquanto a Evergreen e a CMA CGM esperam adicionar novas capacidades apenas em 2024, temporada em que a entrega de 28 navios está prevista para ser distribuída igualmente entre as três empresas de navegação, com navios porta-contêineres neo-panamax e megamax. 

Enquanto isso, com a iminente dissolução da 2M, a THE Alliance posiciona-se como a segunda maior aliança do mercado em termos de capacidade. Espera-se que, para este ano, o crescimento venha da Hapag-Lloyd e da ONE, com a incorporação de uma série de neo-panamax high-reefer especificamente voltados para rotas norte-sul de serviços não aliados. No entanto, a alemã espera a entrega de seu novo carro-chefe Berlin Express, movido a GNL, e a primeira de uma dúzia de unidades megamax até 2024. O ONE também receberá cinco megamax entre 2023 e 2024, além de mais dez em 2025. O coreano HMM e o taiwanês Yang Ming também estão programados para receber novos navios de 9.000 e 15.000 TEUs, respectivamente. 

Segunda mão

No entanto, nem toda a capacidade adquirida será de novos pedidos. Unidades Neo-Panamax entre 10.000 e 14.000 TEUs serão recondicionadas para entrar nos serviços de empresas como Hapag-Lloyd e MSC. No caso da empresa alemã, está a adiar o investimento nas encomendas de novas unidades enquanto aguarda mais e melhores desenvolvimentos tecnológicos para os combustíveis verdes. 

Fonte: Mundo Marítimo