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Economia

Ata do Copom indica redução no ritmo de corte dos juros

BC diz que o cenário de desinflação está mais incerto por causa da atividade econômica resiliente nos EUA

26/03/2024 09h15

Foto: Agência Brasil

O Copom (Comitê de Política Monetária) indicou que, depois do próximo corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica, a Selic, deverá começar a reduzir o ritmo de redução do juro base. Indicou que a taxa irá para 10,25% ao ano em maio e que a diminuição será menor a partir de junho. As informações constam na ata do Copom.

“Alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária pode revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje atingir”, disse a autoridade monetária no comunicado. 

A autoridade monetária indicou que as quedas podem ser menores ou sequer existirem nos encontros seguintes. O comunicado publicado pelo BC (Banco Central) fala em “elevação da incerteza”. 

O Copom reduziu por unanimidade o patamar do juro base de 11,25% ao ano para 10,75% ao ano na 4ª feira (20.mar). A taxa atingiu o menor nível desde março de 2022, quando estava no mesmo patamar. 

A razão pela manutenção da taxa em patamares mais elevados é o controle da inflação. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.

Espera-se que mercado financeiro se organize para ao menos diminuir o fluxo da migração para fundos mais voláteis com a indicação de desaceleração nos cortes. Ao mesmo tempo, os títulos ligados à taxa básica serão valorizados.

Quedas na Selic

A última vez que o juro base ficou abaixo de 10,75% ao ano foi em fevereiro de 2022, quando estava em 9,75%. A decisão se deu por unanimidade no Copom, formado por 8 diretores e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O colegiado cortou a Selic em meio ponto percentual pela 6ª vez consecutiva.

Antes do início do ciclo de cortes, o juro base estava em 13,75%, em agosto de 2023. O Banco Central deixou a Selic neste patamar por 1 ano. 

Medida oficialmente pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a taxa acumulada da inflação em 12 meses caiu de 4,51% para 4,50% em fevereiro. 

A meta de inflação do Brasil em 2024 é de 3%, mas tem intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Portanto, ainda será considerado dentro da meta caso o indicador fique no intervalo de 1,5% a 4,5%.

O Brasil terminou 2023 com uma taxa de 4,62%, dentro da meta. Para 2024, os agentes do mercado financeiro estimam inflação de 3,79%, segundo o Boletim Focus. 

Fonte: Poder360