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Economia

Bancos leiloam imóveis com até 70% de desconto em fevereiro

Santander, Itaú Unibanco e Bradesco têm apartamentos e casas abaixo do preço de avaliação do mercado

03/02/2020 11h04

Foto: Getty Images

Bancos vão leiloar mais de 120 imóveis, entre casas, apartamentos, terrenos e opções comerciais, com descontos de até 70% em fevereiro.

Os dois primeiros certames, realizados pelo Biasi Leilões, acontecem nesta segunda-feira (3) e contam com imóveis do Itaú Unibanco, quatro apartamentos e duas casas a partir de R$ 189,7 mil estarão à disposição dos interessados. Em caso de pagamento à vista, o banco oferece 10% de desconto.

No dia 19 de fevereiro é a vez do Santander levar a leilão mais de 70 imóveis com descontos que chegam a 70%. É possível encontrar casa em Pernambuco a partir de R$ 43,3 mil, e uma residência no Rio Grande do Sul a mais de R$ 850 mil.

Uma residência na Urca, no Rio de Janeiro, tem lance inicial de R$ 2,3 milhões. O imóvel está desocupado e tem quatro suítes, dois banheiros e uma vaga na garagem.

Em São Paulo, chama a atenção um lote no Parque dos Príncipes, área nobre da cidade, com desconto de mais de 40%.

O quarto leilão de banco no mês, no dia 21, é novamente do Itaú Unibanco e terá 25 imóveis. Entre eles estão um conjunto comercial da zona sul de São Paulo com lance mínimo de R$ 322 mil. Também na cidade é possível encontrar apartamento duplex, com 219,39m² de área útil, a partir de R$ 471 mil.

“Débitos de condomínio e IPTU serão quitados pelo banco até a data da disputa. E o desconto de 10% no pagamento à vista também se aplica”, conta Eduardo Consentino, leiloeiro responsável pela Biasi Leilões. Ele acrescenta que, em caso de pagamento a prazo, o número de parcelas pode chegar a 78.

Os leilões serão todos feitos tanto de forma on-line como presencial. Para a participação pela internet, o arrematante deverá se habilitar no site da Biasi Leilões até uma hora antes do leilão.

O quinto leilão é do banco Bradesco, juntamente com a Mega Leilões, com mais de 20 imóveis localizados em diversas regiões do Brasil.

O evento será conduzido pelo leiloeiro oficial da Mega Leilões, Fernando Cerello, a partir de 17 de fevereiro, às 15h, no site oficial da leiloeira.

Os imóveis estão disponíveis em algumas cidades de Alagoas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Dentre eles, alguns residenciais, rurais e comerciais, com lances a partir de R$ 17 mil a R$ 832 mil

O banco oferece a possibilidade de parcelamento do arremate para a maioria dos imóveis. Com entrada a partir de 25% do valor, o restante poderá ser parcelado em até 12 vezes sem juros e sem correção ou em até em 48 vezes com juros e correção.

“Hoje o mercado de leilão extrajudicial já oferece a possibilidade de parcelamento de imóveis, muita gente ainda não sabe dessa novidade, mas é algo que vem ganhando espaço aos poucos”, conta Fernando Cerello, leiloeiro oficial da Mega Leilões.

A opção para pagamento do imóvel à vista também está disponível e o banco oferece 10% de desconto no ato.

Riscos de leilões de imóveis

A advogada especialista em direito imobiliário Paula Farias afirma que o leilão pode ser uma ótima oportunidade para o investidor. Mas não é tão indicado para famílias que querem realizar o sonho da casa própria.

De forma geral, essa não é uma boa forma de compra para quem tem pressa.

Segundo ela, há vários casos em que os leilões abrem brechas jurídicas que podem levar à anulação. Até que haja uma definição na Justiça, o dinheiro pago pela propriedade fica em poder do banco.

A correção, diz Paula, é irrisória, menor que o rendimento de poupança.

Já para um investidor, um desconto de relevante no valor de mercado pode aumentar a rentabilidade de um possível aluguel deste imóvel.

Também pode ser interessante para quem deseja revender. O investidor compra pela metade do preço, resolve as pendências e coloca de volta à venda pelo valor cheio.

Também com os imóveis de leilão, tudo tem que ir para a ponta do lápis. Pode acontecer de o desconto não compensar.

Quando somadas as dívidas - que podem ficar por conta do vencedor do leilão -, o percentual de comissão do leiloeiro e os custos jurídicos de ações de despejo, o valor total desembolsado pode chegar ou até ultrapassar o valor de mercado.

Fonte: Valor Investe