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Big Data (ou Mega Dados) e Business Intelligence (ou Inteligência Empresarial) são termos relativamente novos e sobre cujos conceitos não é raro haver confusão. São também comumente associados exclusivamente ao tráfego e armazenamento de dados das grandes corporações.

A intenção deste artigo é conceituar, identificar possíveis relações entre ambos e, finalmente, alertar para a sua utilidade.

Big Data refere-se ao tratamento da imensidão de dados que atualmente são produzidos pelos nossos sistemas digitais e dos quais se pretende extrair alguma utilidade, em termos de informações. Mas que tipo de tratamento é esse?

A primeira coisa a levar em conta é que os dados digitais disponíveis são do tipo não-estruturado, ou seja, não guardam relação entre si nem tampouco se encontram ordenados ou classificados.

Dessa forma, os Big Data são sistemas de bancos de dados que operam a identificação de correlações entre essa enorme quantidade de dados sem, no entanto, pretender organizá-los. Tudo isso numa velocidade que, num ambiente de grande vazão e mutabilidade desses mesmos dados, garanta sua utilidade.

Já Business Intelligence (BI), são sistemas que transformam dados brutos em informações formatadas e organizadas de acordo com padrões previamente determinados, com o objetivo de tomada de decisões estratégicas.

Para tanto, a BI se vale de alguns processos, tais como:

- A mineração de dados (pesquisa nos grandes bancos de dados com o intuito de identificar tendências);

- O benchmark (comparação de dados atuais com os históricos, de maneira a identificar aderência a metas preestabelecidas);

- A preparação de dados (compilação de várias fontes para oferecer à análise);

- As análises descritiva e estatística (identificação de ocorrências e suas motivações);

- A geração de relatórios (o oferecimento das análises aos usuários, no sentido da tomada de decisão).

Assim, a BI consegue, com informações oriundas de um enorme volume de dados, atender aos questionamentos previamente estabelecidos pelos tomadores de decisão.

Parece evidente que, em determinados momentos, Big Data será de grande utilidade para os processos de BI, dado que um sistema organizado e de questionamento tem muito a aproveitar de um sistema de dados que informe a correlação entre eles, rapidamente.

Também é certo que toda organização produz uma profusão de dados e que estes atualmente são facilmente armazenados.

Assim, tanto Big Data como Business Intelligence, seja de modo singelo ou em composição, podem muito contribuir para a agregação de valor e, por conseguinte, para estabelecer vantagem competitiva das empresas que se disponham a explorar seus benefícios.

Mauricio Prieto é sócio diretor da Synerhgon, empresa de consultoria multidisciplinar com foco no resultado. [email protected]

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