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Transporte Aéreo

Boeing registra 150 cancelamentos de seus jatos 737 MAX

Só a companhia aérea brasileira Gol cancelou pedidos para 34 aviões

16/04/2020 07h48

Foto: Divulgação

Um relatório da Boeing aponta que seus clientes cancelaram um número impressionante de pedidos do 737 MAX no mês passado, aprofundando a crise que a empresa enfrenta em meio à pandemia de coronavírus. As ações da Boeing caíam mais de 3% logo depois que a empresa divulgou os números.

Segundo as informações, a fabricante americana registrou 150 cancelamentos de seus jatos 737 MAX apenas no mês de março. Só a companhia aérea brasileira Gol cancelou pedidos para 34 aviões, enquanto que a empresa de leasing Avolon cancelou 75. Outros cancelamentos são provenientes de um grupo de outras empresas.

Isso elevou os cancelamentos líquidos nos primeiros três meses do ano para 307 aviões, uma reviravolta acentuada para uma empresa que há pouco mais de um ano pretendia aumentar a produção de seus aviões para atender à forte demanda.

Tudo acontece num momento em que os clientes agora estão enfrentando a queda mais acentuada na demanda já registrada na história por causa da Covid-19 e o “groundeamento” do 737 MAX já completa um ano.

“Estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos clientes, muitos dos quais enfrentam pressões financeiras significativas para revisar seus planos de frota e fazer ajustes quando apropriado”, afirmou a Boeing em comunicado. “Ao mesmo tempo, a Boeing continua ajustando sua carteira de pedidos para se adaptar à produção 737 MAX abaixo do planejado no curto prazo.”

A Boeing suspendeu no início deste mês as operações na fábrica de Charleston, onde produz o 787, interrompendo efetivamente a produção de aeronaves comerciais, depois que as fábricas da área de Seattle já haviam sido fechadas temporariamente, devido às restrições pandêmicas e governamentais destinadas a conter a Covid-19. 

O pedido total da GOL era para 135 aeronaves, das quais sete já haviam sido entregues. Com as mudanças no livro de encomendas, a empresa brasileira espera operar 101 MAX, que substituirão os 737 NG.

Fonte: Aeroin