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Gestão

Bradesco lança novo segmento afluente, entre o Prime e o private

A criação do novo segmento pretende tornar o banco mais competitivo em todas as frentes de atuação

31/10/2024 09h42

Foto: Divulgação

O Bradesco lança nesta quinta-feira (31), o novo segmento dedicado ao público de alta renda, que vem sendo estruturado desde o começo deste ano. O objetivo do banco é atender a clientes que hoje ficam na “ponta alta” do Prime, marca que atende à parcela mais afluente do varejo pessoa física.

De acordo com o banco, o novo segmento foi estruturado a partir de pesquisas e entrevistas com clientes, além de exemplos internacionais. Ele terá escritos de relacionamento localizados em regiões escolhidas pelo perfil econômico e pelo potencial de negócios.

A marca do novo segmento ainda não foi informada pelo banco. “Nossa proposta é estar ao lado dos clientes em todas as etapas dessa escalada. Não é uma corrida de impacto imediato, mas uma caminhada com avanços graduais e duradouros”, disse em nota o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha.

De acordo com ele, o novo atendimento incorporará três “desafios” da vida financeira dos clientes: conquistar patrimônio, obter rentabilidade com segurança e usufruir dos recursos.

A criação do novo segmento é parte do plano estratégico anunciado por Noronha em fevereiro, e que pretende modernizar o Bradesco para tornar o banco mais competitivo em todas as frentes de atuação.

Além disso, o novo posicionamento acontece em um contexto de fortalecimento das franquias de alta renda de concorrentes como o Itaú Unibanco e o Santander Brasil, e de esforços das fintechs para conquistar a fidelidade desse público, que se concentra nos grandes bancos.

Lucro líquido recorrente

O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões no terceiro trimestre deste ano, resultado 13,1% maior que o do mesmo intervalo do ano passado, e 10,8% superior ao do segundo trimestre deste ano.

O banco registrou crescimento nas receitas com prestação de serviços, em parte pela consolidação dos números da Cielo, controlada em conjunto com o Banco do Brasil e que teve seu capital fechado no trimestre. Também houve avanço, mais tímido, na margem financeira, e a queda da inadimplência levou a uma redução importante nas provisões.

O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 12,4%, alta de 1,1 ponto porcentual em um ano, e de 1 p.p. em um trimestre. O Bradesco fechou o terceiro trimestre com R$ 2,077 trilhões em ativos, crescimento de 7,6% no comparativo anual. O patrimônio líquido foi a R$ 162,931 bilhões, alta de 1,3% em um ano.

A margem com clientes, que reflete o ganho em operações de crédito, teve queda de 1,3% em um ano, para R$ 15,635 bilhões, mas cresceu 2,5% em relação ao trimestre anterior. Na tesouraria, o resultado foi de R$ 364 milhões, crescimento expressivo frente aos R$ 23 milhões registrados um ano antes.

A margem financeira total subiu 0,9% no terceiro trimestre no comparativo anual, para R$ 15,999 bilhões. Em um trimestre, houve alta 2,7%.