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O Brasil praticamente triplicou a sua capacidade de produção de máscaras de proteção, álcool em gel e ventiladores pulmonares durante a pandemia do novo coronavírus. Por isso, pode acabar essa crise produzindo 2 milhões de máscaras, 27 mil toneladas de álcool em gel e 4,8 mil respiradores mecânicos por mês.

A ampliação da produção era necessária para garantir o combate adequado à Covid-19, já que muitos desses equipamentos sumiram do mercado devido ao aumento da demanda global e à paralisação da economia chinesa, que é grande produtora de equipamentos de proteção individual. E, de acordo com o secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, foi possível graças à adaptação do setor produtivo brasileiro a esse momento de pandemia.

Fábricas de automóveis que pararam a produção por conta do coronavírus, por exemplo, passaram a fabricar e consertar respiradores nas últimas semanas. Com isso, a capacidade brasileira de produção mensal de ventiladores mecânicos passou de 1 mil para 4,8 mil aparelhos nas últimas semanas. Dessa forma, o Brasil ainda consertou 1,2 mil respiradores que estavam parados pelo país e já trabalha no reparo de outros 2,5 mil aparelhos danificados

Da mesma forma, fabricantes de bebidas alcoólicas destinaram parte do seu trabalho para a produção de álcool em gel 70%. Por isso, o Brasil viu sua capacidade de produção do álcool em gel saltar de 9 mil toneladas para 20 mil toneladas mensais. E já há uma expectativa de que esse número chegue a 27 mil toneladas mensais em breve.

Graças à atuação de fábricas de vestuário e fardas, ainda foi possível elevar a capacidade de produção de máscaras de proteção individual de 6 milhões para 20 milhões por mês. 

"Fizemos um diálogo com o setor produtivo para aumentar a capacidade produtiva de ventiladores pulmonares e equipamentos de proteção individual. Um trabalho importante para garantir o suprimento desses equipamentos num momento bastante singular", afirmou Mac Cord.

Também contribuiu com esse processo, contudo, a facilitação da importação dos insumos necessários à produção dos ventiladores e do álcool em gel. Segundo o governo, já foram liberados R$ 6 bilhões em renúncia tarifária e redução de custos para a aquisição de produtos necessários ao enfrentamento do coronavírus. 

"No último mês, zeramos o imposto de importação de mais de 300 produtos essenciais à Covid-19, seja produtos médicos e hospitalares, medicamentos e insumos. Os insumos estão chegando mais baratos para aumentar a produção", disse a secretária especial adjunta de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Yana Dumaresq, durante a apresentação do balanço do pacote econômico de enfrentamento ao coronavírus do governo federal, realizada nesta sexta-feira (17/04) no Palácio do Planalto.