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Economia

Brasil cai mais duas posições em ranking de competitividade

O país aparece na posição 62 de 67 países; foi a pior colocação dos últimos anos

18/06/2024 09h38

Foto: Divulgação

O Brasil caiu duas posições do ranking de competitividade global elaborado desde 1989 pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria, no país, com o Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral. O país aparece na posição 62 de 67 países. Foi a pior colocação dos últimos anos.

A competitividade é definida pela FDC como a capacidade dos países de integrar novas tecnologias para impactar suas economias e promover crescimento. Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela foram os países que ficaram atrás do Brasil.

Os primeiros colocados

Singapura aparece em primeiro lugar após ficar fora das cinco primeiras posições no ano passado. A Dinamarca, que esteve em primeiro em 2023, figura agora na 3ª posição, atrás da Suíça.

O estudo destaca que todos esses países são pequenos, mas usufruem de uma boa estrutura institucional e aproveitam ao máximo as parcerias comerciais.

“Singapura se tornou um centro internacional na Ásia devido à infraestrutura tecnológica avançada, instituições sólidas e um mercado atrativo, com empregos, inovação e oportunidades”, aponta o relatório final. O país já tinha liderado o ranking em 2020.

O caso do Brasil

“Tem muito para ser feito”, avalia Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais e responsável pela pesquisa.

Segundo Tadeu, a baixa produtividade está diretamente ligada a uma falta de infraestrutura na educação e destaca como, diferentemente de muitos lugares do mundo, especialmente aqueles que estão no topo do ranking, não há um investimento focado em pesquisa e desenvolvimento.

“Muitos executivos dizem que o Brasil não cresce por conta do governo. Isso não é verdade”, diz Tadeu ao destacar que o país também teve um desempenho fraco quando se fala em eficiência empresarial, ficando na 61ª posição. “As empresas também não têm o ganho de produtividade devido.”

O Brasil ficou em 65ª lugar no ranking de qualidade de infraestrutura e na 65ª posição em eficiência governamental.

Os responsáveis pelo levantamento alegam que o ranking busca oferecer um olhar econômico para o país que vá além da produtividade. “O estudo busca demonstrar como o avanço da tecnologia, sua integração com políticas de governo e a estrutura do mercado como um todo favorece um crescimento que seja mais do que apenas um número no PIB”.

Fonte: Isto É Dinheiro