30/06/2025 14h24
Foto: Divulgação
A partir de 1º de julho de 2025, o Brasil entra em uma nova etapa da retomada gradual do imposto de importação sobre veículos eletrificados. A medida afeta os carros elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos convencionais (HEV), com reajustes nas alíquotas de importação definidos pelo governo federal em cronograma iniciado no fim de 2023.
Segundo a nova tabela divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os modelos HEV passam a ser taxados em 30% (ante 25%), os PHEV em 28% (antes 20%) e os BEV em 25% (contra os atuais 18%). Em julho de 2026, todos os tipos de veículos eletrificados passarão a ser tributados com alíquota única de 35%.
Apesar do aumento, o impacto imediato nos preços pode ser limitado, especialmente para marcas que anteciparam estratégias de adaptação ao novo cenário tributário. É o caso da BYD e da GWM, que já se movimentaram para minimizar os efeitos da elevação dos tributos.
A BYD, por exemplo, trouxe um último lote com cerca de 7 mil unidades para o Brasil antes da vigência das novas alíquotas. O objetivo foi garantir estoque suficiente para manter os preços dos veículos mais estáveis no curto prazo. A empresa também está finalizando sua fábrica em Camaçari (BA), com início da montagem previsto para julho, em evento que será realizado amannhã (1º de julho) em Camaçari.
A GWM segue estratégia semelhante, com o início da montagem em Iracemápolis (SP), também a partir de julho. Ambas as empresas utilizarão os sistemas CKD (Completely Knocked Down) e SKD (Semi Knocked Down), nos quais os veículos chegam desmontados ou parcialmente montados, o que permite a aplicação de alíquotas menores — atualmente de 16% e 18%, respectivamente.
Essa abordagem logística e industrial visa mitigar o efeito da tributação total sobre modelos importados prontos, enquanto permite manter a oferta no mercado brasileiro com preços mais competitivos. No entanto, a retomada parcial do imposto sobre eletrificados tem gerado críticas de entidades do setor. A Anfavea, associação que representa as montadoras no Brasil, chegou a defender o retorno imediato da alíquota de 35%, sob argumento de garantir isonomia competitiva entre fabricantes instalados e importadores.
Essa abordagem logística e industrial visa mitigar o efeito da tributação total sobre modelos importados prontos, enquanto permite manter a oferta no mercado brasileiro com preços mais competitivos. No entanto, a retomada parcial do imposto sobre eletrificados tem gerado críticas de entidades do setor. A Anfavea, associação que representa as montadoras no Brasil, chegou a defender o retorno imediato da alíquota de 35%, sob argumento de garantir isonomia competitiva entre fabricantes instalados e importadores.
A elevação dos impostos é parte de uma política industrial que busca incentivar a nacionalização da produção, mesmo para veículos eletrificados. O aumento das alíquotas não afeta os modelos fabricados localmente, nem os vendidos a partir de estoques internalizados antes da nova cobrança. O ponto principal é que haja uma escala de nacionalização que fortaleça a indústria local.
Fonte: Inside Evs