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Gestão

Brasil lidera ranking de ciberataques na América Latina

Relatório da Netscout aponta crescimento de 54% nos ataques no país no 1S25

12/09/2025 08h22

Foto: Ilustrativa

Os ataques cibernéticos na América Latina, especialmente no Brasil, têm crescido e se sofisticado, segundo relatório da empresa de cibersegurança Netscout. O avanço tecnológico e o uso malicioso da inteligência artificial permitem que hackers transformem suas ofensivas em armas de influência geopolítica, capazes de desestabilizar servidores, sites e serviços de redes críticas.

A principal ferramenta de criminosos e grupos hacktivistas — coletivos que usam habilidades de hacking para promover causas sociais ou políticas — é o DDoS (Distributed Denial of Service, ou Negação de Serviço Distribuída). Esse ataque consiste em sobrecarregar sites, servidores ou serviços de rede com um grande volume de tráfego simultâneo, tornando-os inacessíveis para usuários legítimos.

Segundo o relatório, foram registrados 1.070.492 ataques DDoS na América Latina no primeiro semestre de 2025, sendo 550.550 apenas no Brasil — um aumento de 54% em relação ao segundo semestre de 2024, quando ocorreram 357.422 investidas. A maior ofensiva durou, em média, 41,43 minutos, colocando o país em destaque no cenário mundial.

Setores mais visados

O documento também indica os setores mais visados por cibercriminosos no primeiro semestre de 2025. No topo da lista estão as operadoras de telecomunicações móveis, responsáveis pela transferência de dados e comunicação, que registraram 170.637 ataques, com duração média de 49 minutos.

Em segundo lugar estão os provedores de infraestrutura, responsáveis por oferecer servidores, redes e armazenamento essenciais para serviços digitais, que sofreram 32.817 ataques, com duração média de 46 minutos.

m terceiro e quarto lugares aparecem, respectivamente, as empresas de telecomunicações não convencionais e as com fio, que registraram 14.746 e 14.665 ataques, com duração média de 33 e 29 minutos. O setor bancário comercial ocupa a quinta posição, com 6.575 ataques e duração média de 46 minutos.

Telecom 

De acordo com o CEO da NetScout, Geraldo Guazzelli, a maior parte dos ataques são direcionados às empresas de telecomunicação pois todas as investidas maliciosas passam pela estrutura dessas operadoras, as IPS (Provedor de Serviços de Internet), que fornecem planos de internet para uso doméstico ou empresarial, armazenamento de conteúdo de sites.

Segundo Guazzelli, o principal objetivo do criminoso é financeiro, podendo ser pelo roubo financeiro, extorquindo ou roubando dinheiro diretamente, o roubo de informações e credenciais de login que dão acesso a contas sensíveis ou confidenciais, podendo vender o acesso a outro criminosos, ou até mesmo a oferta de serviços e negociações ilegais para recrutar pessoas, como gerentes de bancos,  em sites como Deep Web e Dark Web, locais digitais que dificultam o rastreamento do usuário.   

Fonte: Correio Braziliense