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Sustentabilidade

Brasil recebe Cúpula da Amazônia em Belém do Pará

O encontro reúne chefes de Estado de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela

08/08/2023 07h53

Foto: Divulgação 

O Brasil recebe representantes de 15 países para a Cúpula da Amazônia. O evento acontece entre esta terça (8) e quarta-feira (9), em Belém (PA), para debater políticas públicas de cooperação para a região. Entre elas, desmatamento ilegal, combate ao crime organizado e financiamento externo para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. 

A Cúpula da Amazônia deve ser marcada por alguns anúncios. Entre eles, a criação de um centro de cooperação policial em Manaus (AM) e a formatação de um sistema integrado de tráfego aéreo. O comunicado final da cúpula, a Declaração de Belém, deve instituir a criação de um grupo de trabalho para estudar a criação do Parlamento Amazônico dos oito países, que são membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). 

O grupo foi criado em 1995 pelos oito países que concentram a floresta: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. 

OTCA é o único organismo internacional que tem sede em Brasília e realiza diversos tipos de monitoramento sobre a região amazônica, muitos deles em tempo real. Diferentemente de outros acordos entre as nações envolvidas, seu principal objetivo é ampliar o conhecimento sobre a floresta.  

“Não tem nada a ver com tratados comerciais ou de exportação, é um tratado voltado para a produção do conhecimento. Tem projetos sobre recursos hídricos, aquíferos, biodiversidade, saúde indígena e de comunidades isoladas, navegação comercial, combate a incêndios, combate ao crime organizado, estudos sobre qualidade de água, desigualdades”, listou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe no Ministério das Relações Exteriores. 

Cúpula da Amazônia é a maior iniciativa internacional do Brasil para discutir e formular políticas públicas para o desenvolvimento da Amazônia. A embaixadora Gisela Padovan, explicou que a cooperação entre os oito países que possuem território amazônico precisa ser retomada de forma coletiva. 

“Obviamente, os temas amazônicos não podem ser resolvidos apenas por um país. Desde os anos 1970, quando se negociou o tratado, se reconheceu que é necessário haver articulação entre os oito países que detêm o bioma. Quero destacar a articulação regional, estamos tratando que os países se coordenem, se articulem e reforcem sua soberania pelos temas relativos à Amazônia”, afirmou.