Foto: Vosmar Rosa - MPor.

Os países que compõem o Brics aprovaram, na quarta-feira (14), em reunião realizada no Ministério das Relações Exteriores, uma Declaração Ministerial para a área de transportes, com prioridades e diretrizes para o setor e ênfase em infraestrutura sustentável.
Presidindo a reunião, a ministra interina do Ministério de Portos e Aeroportos - MPor, secretária-executiva Mariana Pescatori, destacou o trabalho conjunto com os ministérios dos Transportes e das Cidades, desenvolvido desde o fim do ano passado, para a elaboração do texto final da Declaração.

"É importante destacar que, pela primeira vez, conseguimos chegar a uma declaração de ministros exclusiva para a área de transportes, o que é bastante relevante. E pudemos enfatizar alguns temas trazidos pelo Brasil à pauta, nesta presidência dos Brics ", afirmou Pescatori, ressaltando o trabalho técnico de todas as equipes envolvidas.

Além da sustentabilidade, a Declaração Ministerial aborda temas como infraestrutura resiliente, integração de transportes logísticos, combustíveis sustentáveis, conectividade para a aviação e descarbonização de portos e do transporte marítimo.

"Chegamos, em nossa declaração, ao tema de infraestrutura resiliente, com a criação de um instituto que vai reunir boas práticas e iniciativas dos países do Brics. Tivemos também toda a parte relativa a combustíveis sustentáveis de aviação, o SAF, e à maior conectividade entre os países do bloco na área da aviação", afirmou Pescatori, citando um acordo para a produção de SAF, liderado pelo Brasil, com o objetivo de promover uma aviação mais sustentável e menos poluente.

"Na área portuária, tratamos da descarbonização de portos e do transporte marítimo. Também chegamos a um documento elaborado em conjunto com os países, com um compêndio de todas as ações e iniciativas que vêm sendo adotadas na área de descarbonização", acrescentou.

Pescatori destacou ainda o lançamento da Aliança Internacional de Logística dos Brics, com o objetivo de promover a cooperação público-privada e ampliar a integração logística. "Outro ponto importante, também proposto pela presidência brasileira, foi que essa aliança ofereça suporte a eventuais situações de emergência e desastres climáticos", acrescentou.

Atualmente, o bloco é composto por 11 países-membros: os cinco fundadores — África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia — e os seis novos integrantes: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.

Veja a íntegra da Declaração Ministerial (clique no link para acessar)