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Transporte Aéreo

Cabo Verde Airlines deixa de voar para Salvador (BA)

A suspensão, por tempo indefinido, será a partir de 1º. de março

20/02/2020 14h32

Foto: Divulgação

A Cabo Verde Airlines (CVA) anunciou a suspensão, por tempo indefinido, a partir de 1º. de março, da rota entre a ilha do Sal e Salvador (BA), sendo a reestruturação justificada com novos destinos.

Em comunicado enviado à Lusa, a companhia cabo-verdiana, privatizada em março de 2019 e que sucedeu à estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), informou que «devido à expansão e lançamento de novos destinos em 2020 para a Europa e a África» decidiu «reestruturar rotas aéreas suspendendo, indefinidamente, a rota Salvador-Sal e Sal-Salvador».

Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da então empresa pública TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação, que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada.

A companhia garante ligações do arquipélago de Cabo Verde, com o ‘hub’ instalado na ilha do Sal, para Dakar, Lisboa, Paris, Milão, Roma, Boston, Washington, Lagos, além dos quatro destinos atuais no Brasil - Fortaleza, Recife, Salvador e Porto Alegre.

Novas rotas para Toronto (Canadá) e para o Porto (Portugal) foram hipóteses admitidas recentemente pela companhia área liderada desde este mês por Erlendur Svavarsson, que sucede a Jens Bjarnason, presidente da CVA desde o último ano. 

O Governo cabo-verdiano tem em curso o processo de venda de 10% das ações da CVA a trabalhadores e emigrantes e os 39% restantes por outros investidores, através da bolsa.

A Cabo Verde Airlines aumentou para quase 200.000 passageiros transportados nos primeiros oito meses após o processo de privatização.

Os números foram avançados em dezembro à agência Lusa por fonte oficial da companhia aérea cabo-verdiana e traduzem-se num crescimento de 85,4% do total de passageiros transportados, face ao mesmo período de 2018.

«A CVA está à procura de financiamento de longo prazo. Se o financiamento de longo prazo não for garantido, isso poderá afetar negativamente a operação», destaque o relatório do grupo Icelandair, que identifica receitas oriundas da companhia de Cabo Verde no valor de 34 milhões de euros e despesas de um milhão, em 2019.