12/03/2021 15h44
Foto: Divulgação
Empresas de autopeças situadas em Camaçari, na Bahia, começam a desinstalar suas fabricas após dois meses da saída da Ford do município. Os fornecedores diretos da Ford não acreditam na chegada de alguma fabricante para substituir a montadora americana a curto prazo, e focam em sanar seus prejuízos imediatos, como o aluguel de galpões e custos de pessoal. Essas empresas também buscam negociar com a montadora americana uma solução para o encalhe de produtos e insumos.
Algumas das montadoras se apressam para vender o maquinário. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) a saída da Ford deixou cerca de 7,5 mil pessoas desempregadas.
Trinta empresas abasteciam diretamente a montadora, com 32 fábricas pertencentes aos maiores fornecedores da Ford, chamados “tier 1”, sendo que 18 fabricas ficam dentro do condomínio da Ford e são denominadas “sistemistas” por produzirem vários sistemas de veículos. Outras 12 possuem fábricas em outros pontos da cidade. A maioria é de subsidiárias de grupos globais, como a italiana Pirelli (pneus), as alemãs Benteler (trem de força e suspenção) e Bosch (velas de ignição), a francesa Faurecia (escapamentos e peças plásticas) e a portuguesa Sodecia (peças de carroceria). Essas fabricantes empregavam mais de 3 mil trabalhadores diretos em Camaçari.
Vladson Menezes, o superintendente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), explicou que os postos representam cerca de 4% dos empregos industriais do Estado.
Fonte: Valor Econômico