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Transporte Terrestre

Caminhões Volvo FH 540 e DAF XF 530 dominam vendas

Praticamente 80% das vendas no Brasil estão relacionadas aos modelos com tração 6x4

12/08/2023 11h40

Foto: Divulgação 

Os caminhões Volvo FH 540 e DAF XF 530 se mantêm no topo do mercado. Isso independentemente de como esteja a situação do mercado de caminhões, em alta, como o ano passado, que teve vendas expressivas, ou nem tanto, como ocorre em 2023.

O modelo da Volvo chama a atenção pelo protagonismo. Afinal, são 10 anos à frente nas vendas de caminhões no Brasil. Por sua vez, o representante da DAF se destaca porque a marca é jovem por aqui - chegou ao País há apenas uma década. Assim, em pouco tempo, já desbancou modelos de concorrentes com sede no País há bem mais tempo.

Em números, o Volvo FH 540 liderou as vendas no último ano com 8.317 caminhões emplacados. Na segunda posição do ranking está o DAF XF 530, com 6.301 unidades. Entre janeiro e julho de 2023, o FH se mantém na liderança com 3.612 unidades e tem 12,81% do mercado. Em seguida vem o modelo da marca holandesa, com vendas de 2.052 e 7,28% de participação.

Vale lembrar que, nesta faixa de potência, praticamente 80% das vendas estão relacionadas aos modelos com tração 6x4, para operações rodoviárias de longas distâncias, com foco principal no agronegócio.

Como Volvo e DAF são fabricantes, ambas podem montar o caminhão da maneira que o cliente achar mais adequada para o negócio. É possível conceber um modelo com a mesma potência em versões 4x2, 6x2, 8x2, 8x4, no caso do FH, por exemplo. E no DAF XF, o motor de 530 cv pode equipar as versões 4x2, 6x2 e 6x4.

De acordo com a Tabela Fipe, o DAF tem preço de R$ R$ 1.095.856, enquanto o Volvo FH tem tabela de R$ 1.128.854. Ambos, neste caso, traçados.

As marcas têm o trem de força como predicado. O FH conta com um motor de produção da Volvo. Trata-se do D13K, com bloco de seis-cilindros em linha e de 12,8 litros. O motor alcança potência de 540 cv entre 1.460 e 1.800 rpm e torque de 265 mkgf entre 1.000 e 1.400 rpm.

É um motor que foi atualizado para atender os novos limites de emissões do Proconve P8 (alinhado ao Euro 6) e também economizar diesel. Dessa forma, conta com common rail, turbo de geometria variável e novas unidades injetoras. Além disso, há o sistema Wave, que permite que o motor trabalhe com alta pressão. Mas com menor injeção de diesel.

A engenharia da Volvo manteve o SCR, em que há a necessidade do Arla 32. Mas adicionou o filtro DPF e o DOC. O motor trabalha com a transmissão automatizada também de fabricação própria da Volvo, com sistema de troca inteligente I-Shift. com 12 marchas. É uma transmissão que ganhou atualizações e ficou com as trocas 30% mais rápidas.

Motor Paccar

Já o maior caminhão da DAF, o XF 530 conta com o motor Paccar de 12,9 litros. Um dos atributos é a robustez. Afinal, é o mesmo modelo presente nos brutões norte-americanos Peterbilt e Kenworth. Denominado MX-13, tem potência de 530 cv a 1.675 rpm e um torque máximo de 250 mkgf a partir de 1.000 rpm até 1.425 rpm.

O torque em baixa rotação conta com o recurso donwspeeding (uma espécie de desacelerador), que colabora para que o motor trabalhe com mais constância em baixa rotação. Para atender à norma Euro 6, a engenharia da Paccar MX-13 adotou o sistema EGR a frio cuja função é regenerar os gases de exaustão por meio de uma válvula de controle que joga o gás para dentro da câmara de admissão em baixa temperatura. Isso ajuda no tratamento desses gases de exaustão dentro do motor.

O sistema também ajuda na redução do consumo de Arla 32 e o motor do DAF mescla EGR com o SCR, além do filtro DPF e o sistema de oxidação de diesel DOC. A transmissão automatizada do XF é uma das mais modernas do mercado, com produção da ZF e 12 marchas.

Caminhões inteligentes

Ambas as transmissões oferecem modos de condução que facilitam o dia a dia do motorista à frente do volante. Como, por exemplo, o modo econômico (que mantém a rotação mais baixa quando o caminhão atinge uma certa constância, como velocidade de cruzeiro). Assim como o modo potência, em caso de ultrapassagem ou mesmo para vencer topografia.

O controle de cruzeiro preditivo é o grande trunfo. Apesar de cada marca contar com sistema próprio, na prática têm a mesma função. Ou seja, utiliza o GPS para identificar a localização do caminhão. Com isso, antecipa de forma automática as condições da via à frente. No Volvo, com 2 km de antecedência. E no DAF, com 2,5 km, incluindo a topografia.

O recurso ajuda os caminhões a reduzirem consumo de diesel. Isso porque atua junto com o trem de força e estabelece a melhor marcha conforme a velocidade do pedal do acelerador e carga do veículo, por exemplo.

Segurança

A começar pelo sistema de frenagem dos caminhões, o representante da DAF conta com freio-motor de 490 cv que se divide em três estágios. Enquanto que o VEB+ da Volvo tem 510 cv de capacidade de frenagem. Vale lembrar que a Volvo, lá em meados de 2010, foi a primeira fabricante a trazer sistemas de segurança ativa para o transporte. E inaugurou esses sistemas nos ônibus da marca.

São itens presentes como opcionais em todos os caminhões pesados do País, com exceção do Mercedes-Benz que oferece de série. Tanto o Volvo FH como o DAF XF oferecem como opcionais o ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo), AEBS, aviso de faixa e de colisão frontal. E, por força de lei, estão presentes recursos como freios ABS e controle eletrônico de estabilidade.

Conforto é de série

No quesito conforto, os dois modelos na cabine mais básica entregam conforto e amplo espaço tanto na estação de trabalho como na área de descanso. Mas nas cabines topo de linha, no caso do Volvo Globetrotter XL e do DAF Space Cab, o que se tem é requinte a bordo. O banco com forração de couro e detalhes como o logotipo da marca e/ou a nomenclatura do caminhão grifados no painel e no encosto dos assentos.

O Volvo tem a vantagem de sair de série em qualquer versão com a direção dinâmica. O sistema combina a direção hidráulica convencional com um motor elétrico acoplado ao eixo de direção. Assim, o ganho é uma condução precisa e suave.

O DAF XF, por sua vez, acaba de chegar ao mercado com a oferta da suspensão a ar. O chamado Ecas conta com quatro bolsões de ar por eixo comandados eletronicamente. Inclusive por controle remoto. O sistema traz mais estabilidade ao veículo. Do mesmo modo, conforto ao motorista. Além de proteger mais a carga, assim como faz o monitoramento da carga nos eixos. A Volvo também oferece o sistema da suspensão pneumática com os mesmos recursos.

Fonte: Estradão