28/05/2021 14h25
Foto: Divulgação
A Embraer acredita no potencial de vendas da família E-Jet no cenário pós-pandemia, especialmente em decorrência da recuperação da economia mundial e a maior demanda por aeronaves de menor capacidade.
Segundo o CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer, as companhias aéreas deverão buscar de aeronaves com capacidade de até 140 lugares, fazendo do Embraer 195-E2 uma das grandes opções para os operadores que pretendem atualizar a frota sem abrir mão da eficiência.
Um dos desafios futuros para as companhias aéreas será manter os custos sob controle ao mesmo tempo que diversificam sua malha de voo. O executivo destacou os motivos que levaram ao programa do E175-E2 postergar a sua certificação, que agora deverá ocorrer no segundo semestre de 2024.
Um dos entraves do E175-E2 é seu peso máximo de 39.000 kg, quase 6.000 kg acima dos limites da legislação norte-americana referentes aos aviões comerciais regionais a jato.
O fabricante acredita que a pandemia deverá exigir mudanças na regulamentação da aviação regional dos Estados Unidos, mas que o processo deverá ocorrer apenas no médio prazo. Além disso, a Embraer foi obrigada a adiar gastos no programa E-Jet E2 em decorrência do fim da parceria com a Boeing, que deveria ter sido concluída no primeiro semestre do ano passado.
A Embraer neste momento vai concentrar seus esforços nos atuais E190-E2 e E195-E2, que além de certificados oferecem potencial de vendas já no curto prazo.
“Se hoje houvesse um cliente querendo a aeronave, seria uma discussão diferente, mas com a Covid-19, o mundo inteiro está em uma pequena pausa e dissemos: 'Vamos nos concentrar nos modelos 190 e 195 de curto prazo”, disse Meijer.
A Embraer espera que o mercado da aviação comercial retome a patamares satisfatórios e saia da atual crise nos próximos dois ou três anos, permitindo assim ampliar o número de clientes para a família E2.
Fonte: AIN Online