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Gestão

Chesf completa 73 anos com 24 novos empreendimentos na Bahia

Empresa é uma das que mais investiu no Estado com mais de 1 bilhão entre 2017 e 2020

26/03/2021 17h09

Foto: Divulgação

Para a física, a energia é a capacidade que um corpo, uma substância ou um sistema físico tem de realizar um trabalho. No dia a dia, ela mantém nossos alimentos refrigerados, se transforma na eletricidade que abastece indústrias e hospitais; na brisa do ar-condicionado e do ventilador, na comodidade do banho quente; na segurança das ruas e casas iluminadas; na conexão com o mundo através dos celulares; no entretenimento da televisão, do computador da internet e na facilidade do uso cada vez maior de outros aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos. Não seria exagero dizer que é a energia o que nos move e move o mundo.

Pode até não saber de onde vem, mas a energia elétrica é gerada pelas usinas hidrelétricas, termelétricas, solares fotovoltaicas e eólicas. No Nordeste e em parte do Brasil, a eletricidade chega hoje até a nossa rotina graças ao surgimento de um grande projeto, nas margens do Velho Chico: a Chesf. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco surgiu há exatos 73 anos, no dia 15 de março de 1948. Mas a história começou um pouco antes: a inspiração veio do industrial cearense, Delmiro Gouveia, que, em 1913, construiu uma pequena central hidrelétrica para o funcionamento da sua indústria têxtil, entre os estados de Alagoas e Bahia, onde atualmente ficam os municípios Paulo Afonso, no território baiano, e Delmiro Gouveia, em terras alagoanas.

“A ideia foi aproveitada por Apolônio Sales, político pernambucano, que a apresentou ao Governo Federal, na época do Estado Novo. O então presidente Getúlio Vargas criou, por decreto Lei, em 1945, a Chesf, que viria a ser constituída em sua primeira assembleia no ano 1948, durante o mandato do presidente Eurico Gaspar Dutra. A Companhia foi a primeira empresa pública a levar a energia necessária para serem desenvolvidas as atividades industriais da Região Nordeste, contribuindo para o desenvolvimento do País”, conta Luiz França Júnior, gerente de departamento da Chesf na Regional de Salvador. 

Em 1955, Paulo Afonso I, a primeira usina da Chesf, foi inaugurada com capacidade instalada de 180 mil Quilowatt. Depois disso, a sequência de hidrelétricas Paulo Afonso II, III, a usina de Apolônio Sales (conhecida como Moxotó) e Paulo Afonso IV completaram o Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso. 

De lá para cá, a Companhia cresceu, ajudou a desenvolver o Nordeste e o estado da Bahia e apenas entre os anos de 2017 e 2020, entraram em operação 24 novos empreendimentos de geração e transmissão e uma série de obras de melhorias em linhas de transmissão e subestações, ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão de reais em investimentos na Bahia, se tornando uma das empresas que mais contribuíram para o desenvolvimento do Estado.

Algumas das últimas entregas da Chesf na Bahia foram as subestações de Pindaí II e Morro do Chapéu II de 230 kV e Igaporã III em 500 kV além de todas as linhas de transmissão associadas para interligar essas novas subestações ao Sistema Interligado Nacional, adicionando 3.600 Megawatts (MW) de potência – o suficiente para atender às necessidades de consumo de mais de 3,5 milhões de residências. A Companhia entregou, também, os parques eólicos de Casa Nova II e III, nos anos de 2017 e 2018, o parque Casa Nova I-A, em setembro de 2020, e concluiu o de Pindaí, constituído por 11 parques e 55 aerogeradores. A conclusão desses quatro empreendimentos representa um incremento de quase 200 MW na capacidade instalada da Empresa, beneficiando milhares de famílias.

E não para por aí. Até 2022, a Chesf está autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a implantar novos equipamentos na Grande Salvador, Itabuna, Morro do Chapéu, Eunapólis e Juazeiro. “Com as ações de investimentos em seu sistema de transmissão, a Chesf reitera e renova seu compromisso de suprir de forma confiável e sustentável a necessidade da Bahia e dos baianos por energia de qualidade”, afirma o gerente de departamento da Chesf Regional de Salvador.

Inovação

A Chesf tem acreditado e, por isso, investido para alinhar o seu setor de P&D+I - área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – com a tendência nacional de descarbonizar, descentralizar e digitalizar a geração e transmissão de energia elétrica. Somente em 2020, foram R$ 100 milhões destinados para a área, sendo R$ 33 milhões destinados para a Bahia. O investimento foi distribuído em dois projetos estratégicos e inovadores no Estado.  Um deles é a exploração da Energia Solar no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, com placas fotovoltaicas flutuantes. A iniciativa, que tem gerado desenvolvimento e emprego, coloca a Companhia na vanguarda da geração de eletricidade no País.

“Essa Usina é uma plataforma solar flutuante, com potência instalada inicial de 1 megawatt, com previsão de dobrar a capacidade ainda neste ano. É o maior projeto de Pesquisa e Desenvolvimento desse tipo de energia flutuante no País, em reservatório de hidrelétrica. Atualmente, são 3.792 módulos de placas solares e área total de cerca de 10 mil m².

O projeto instalado no Reservatório de Sobradinho (BA) é fixado ao fundo do lago por cabos, com material próprio para suportar o peso das placas e dos trabalhadores que atuam na construção e manutenção”, destaca Jorge Xavier, supervisor de operação da Usina de Sobradinho. A usina solar terá potência instalada de 2,5 megawatts, ocupando uma área total de 2,5 hectares de superfície d´água.

Fonte: CORREIO