Foto: Chevrolet  - Divulgação

A Chevrolet oficializou o lançamento do Captiva EV no Brasil com preço de R$ 199.990, posicionando o novo SUV elétrico entre os principais concorrentes chineses à venda no país. Importado da China, o modelo mira consumidores que buscam um elétrico com proposta urbana, autonomia moderada e conjunto técnico simples, mas alinhado às exigências atuais do segmento.

O lançamento marca o quinto produto elétrico da Chevrolet no ano e reforça a estratégia de ampliar sua presença no segmento, que cresce quase 100% ao ano desde 2020 e deve se aproximar das 70 mil unidades em 2025.

A principal novidade do anúncio é a homologação brasileira: o Captiva EV terá motor elétrico de 201 cv e autonomia oficial de 304 km no ciclo Inmetro. O número é sensivelmente menor que os 510 km divulgados no padrão chinês CLTC — informação que já havíamos adiantado em reportagens anteriores, explicando que o valor seria reduzido no padrão local, mais rígido. Com isso, o SUV passa a ter seus parâmetros definitivos para o mercado brasileiro.

Foto: Chevrolet  - Divulgação

O Captiva EV mantém as bases do Wuling Starlight S, algo evidente nos flagras na Av. Europa e em imagens captadas por entusiastas desde julho. O modelo brasileiro, porém, recebeu uma grade frontal inspirada no Equinox EV e elementos que reforçam a identidade Chevrolet, como logotipos e ajustes de superfície. Por dentro, mantém o estilo minimalista, tela multimídia flutuante e poucos comandos físicos, mas confirma o uso de acabamentos escuros, mais alinhados ao gosto nacional, e duas opções de cores internas.

A versão que chega ao Brasil será a Premier, única e mais completa da gama, com materiais de toque macio, bancos traseiros reclináveis e detalhes em preto brilhante, incluindo o black bow tie. Outra novidade confirmada é o pacote de assistências Chevrolet Intelligent Driving, que reúne recursos de condução semiautônoma e sistemas de segurança ativa que a marca ainda não havia detalhado nos flagras.

Com o lançamento, o Captiva EV se posiciona acima do Spark EUV, que abriu o caminho dos elétricos mais acessíveis da Chevrolet e rapidamente ganhou destaque em vendas. A marca ressalta ainda o crescimento de modelos maiores, como Equinox EV e Blazer EV, cujas vendas dobraram em relação ao ano passado, reforçando o momento positivo da linha zero emissão.

Foto: Chevrolet  - Divulgação

A possível nacionalização do Captiva EV também ganha mais contexto após o recente anúncio da General Motors sobre a montagem do Spark EUV no Brasil. O SUV elétrico urbano será produzido em regime SKD em Horizonte (CE), dentro do recém-criado Polo Automotivo do Ceará (PACE) — fábrica que renasce quatro anos após o encerramento da Troller e que passa a operar como a primeira planta multimarcas do país, sob gestão da Comexport. O projeto faz parte de um investimento de R$ 7 bilhões da GM para eletrificação e modernização de unidades, incluindo a nacionalização gradual de outros modelos. Nesse cenário, o Captiva EV se mantém como um dos candidatos naturais a entrar no ciclo produtivo a partir de 2026, conforme a estratégia de ampliar a oferta de elétricos montados no Brasil.

A montadora também segue avaliando a chegada de uma versão PHEV, baseada no conjunto híbrido plug-in já confirmado para México e Argentina, opção que pode atender mercados com infraestrutura de recarga mais limitada.

Com o preço nacional definido, o Captiva EV passa a ter um posicionamento claro na linha da Chevrolet: fica (bem) abaixo do Equinox EV e acima do Spark EUV, reforçando a estratégia da marca de ampliar a oferta de elétricos em diferentes faixas de preço. O valor de R$ 199.990 coloca o modelo entre os SUVs elétricos mais acessíveis do mercado brasileiro, frente a concorrentes diretos como Geely EX5, GAC Aion V e BYD Yuan Plus.