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Economia

CNC: Copa do Mundo estimula vendas e Black Friday baterá recorde

Faturamento previsto é de R$ 4,2 bilhões, 1,1% maior que na mesma data do ano passado

10/11/2022 13h54

Foto: Divulgação 

Black Friday deste ano deve movimentar R$ 4,2 bilhões e registrar a maior movimentação financeira desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010.

A expectativa é que o faturamento seja 1,1% maior que no ano passado, descontada a inflação. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Black Friday já é considerada a quinta data mais importante do varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais, de acordo com a CNC.

A combinação de promoções da Black Friday e da Copa do Mundo é um dos fatores que indicam tendência de elevação das vendas no varejo até o fim deste ano.

“Esse é um momento muito importante para o comércio de bens e serviços e, com o incremento das promoções de itens voltados à Copa do Mundo de Futebol, o segmento deve encerrar bem o ano”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

A Black Friday é marcada, tradicionalmente, para a última sexta-feira do mês de novembro, mas os descontos já são oferecidos nos dias antecedentes, que, este ano, coincidirão, justamente, com a primeira semana da Copa do Mundo do Catar.

A estimativa da CNC é que as vendas relacionadas à Copa impactem em R$ 1,4 bilhão o faturamento do comércio varejista, movimentando principalmente os ramos de móveis e eletrodomésticos e de artigos pessoais e eletroeletrônicos.

Os dois segmentos devem ser responsáveis por 48% da movimentação prevista na Black Friday (R$ 1 bilhão e R$ 920 milhões, respectivamente).

A tendência é que o ramo de hiper e supermercados alcance R$ 910 milhões, e o de vestuário, calçados e acessórios, em torno de R$ 700 milhões.

“Apesar da tendência de desaceleração da inflação, o processo de encarecimento do crédito deverá impedir um avanço mais significativo nas vendas, em uma data caracterizada pela predominância do consumo de bens duráveis, que são, tradicionalmente, mais dependentes das condições de crédito”, analisa o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros das operações com recursos livres envolvendo pessoas físicas se encontra, atualmente, no maior patamar dos últimos quatro anos.

“A facilidade de comparação de preços on-line em uma data comemorativa caracterizada pelo forte apelo às promoções evidencia a tendência de aumento expressivo deste evento do calendário do varejo quando comparado às demais datas, especialmente, nos espaços virtuais”, pontua Bentes.

Onde estarão os maiores descontos

Para avaliar o potencial de descontos efetivos durante a data, a CNC coletou diariamente os preços de 180 dos itens mais buscados na internet, agrupando-os em 36 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias.

Nesse período, 39% revelaram tendência de redução – percentual que contrasta com os 26% observados às vésperas da Black Friday de 2021.

Em novembro do ano passado, a inflação anualizada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 10,7% – a maior desde o início de 2016 e significativamente acima do patamar esperado para novembro de 2022, que era de 6%.

“Desse modo, a desaceleração dos preços tende a elevar o potencial de descontos na Black Friday deste ano, favorecendo, com maior intensidade, a prática de descontos efetivos em relação ao ano passado”, indica Bentes.

Fonte: g1