10/10/2021 15h19
Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil
A estabilização dos números da pandemia da Covid-19 traz novo fôlego também para o comércio. Para o Natal de 2021, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL) e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Bahia (FCDL-BA) projetam uma geração de emprego de 5% a 6% maior do que o último trimestre do ano passado, considerando os períodos de outubro a dezembro.
"Acreditamos que o aumento não só das vagas de emprego temporário, muita gente está contratando devido à ampliação dos horários do comércio. As lojas voltaram a funcionar de segunda a sábado de 9h às 22h", diz o diretor da CDL, Humberto Paiva, sobre os impactos da flexibilização das medidas de combate ao coronavírus.
A Confederação Nacional do Comércio projeta a criação de 94,2 mil vagas temporárias neste fim de ano para atender a demanda do que está sendo estimado como o melhor Natal dos últimos oito anos.
É fato que o fim do ano concentra o maior volume de contratações temporárias do varejo, mas a novidade, segundo Humberto Paiva, é que já há lojas antecipando a contratação em Salvador.
De acordo com a FCDL-BA, os setores de logística e comércio são os que mais aquecem as contratações temporárias. Já os setores que mais empregam são os de roupas e calçados, alimentos, enfeites, brinquedos, móveis, eletroeletrônicos, perfumaria e cosméticos.
"O sentimento é de otimismo, com a obtenção de índices ainda maiores, devido ao impacto que as medidas e reformas previstas pelo Governo Federal vão exercer no setor", explica o presidente da FCDL Bahia, Pedro Failla.
O órgão aponta também que os cargos mais procurados tradicionalmente além de informática, marketing, limpeza, distribuição e alimento é o de vendas. Este último traz grandes expectativas para o segundo semestre, principalmente com a proximidade do Dia das Crianças e o Natal.
Dia das Crianças e Natal
A CDL estima um crescimento de 5% nas vendas para o Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Dados da instituição ainda apontam o valor do tíquete médio, que deve ficar em torno de R$ 100,00. A estimativa leva em consideração a situação econômica atual e pesquisa de mercado. Para Humberto, o avanço da vacinação vai ajudar nisso.
"As pessoas perderam o medo de sair de casa e ir para o centros comerciais. Quando eles vão para um centro comercial, notam realmente que os protocolos continuam, isso dá uma credibilidade a pessoa que saiu de casa. Com a vacinação, as medidas foram flexibilizadas e isso está ajudando", opina.
Nesta data, o segmento de brinquedos fica em primeiro lugar, seguido de artigos como roupas e calçados infantis, celulares, tablets e jogos eletrônicos.
Segundo Humberto, o Dia das Crianças abre o período de vendas importante e prepara o setor para outras datas de grande movimentação, como a Black Friday e o Natal.
"Com relação ao segundo semestre, eu não tenho a menor dúvida que haverá crescimento referente a 2019, porque existe uma demanda reprimida, o ano passado ficou fechado, acho que teremos um período muito bom", finaliza.