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Editorial

Complexo portuário da Baía de Todos Santos já teve dias melhores

Nos anos de 2014 e 2015, o volume movimentado foi de 40 milhões de toneladas

03/02/2020 06h25

O Complexo Portuário da Baia de Todos Santos, na Bahia, formado pela integração dos portos públicos de Salvador e Aratu-Candeias e mais os terminais de uso privado Temadre, Dow Brasil, Moinho Dias Branco, Grupo Gerdau, Ford, e Terminal de Regaseificação, somaram em 2019, 36 milhões de toneladas movimentadas, volume praticamente idêntico ao apresentado no ano anterior. Dentre os terminais portuários público o único a apresentar resultado positivo foi o Porto de Salvador com 4,8 milhões de toneladas movimentadas, um novo recorde anual, com incremento de 9,2%.

O complexo já viveu momentos bem melhores por volta dos anos de 2014 e 2015, quando somaram volumes movimentados próximos as 40 milhões de toneladas. Os anos subseqüentes foi verificado um recuo no desempenho dos terminais portuários, especialmente no Terminal Marítimo Madre de Deus com movimentação dos derivados de petróleo, refletido pela queda de produção observada nos últimos anos na Refinaria Landulpho Alves - Rlam.

Em cinco anos, a refinaria, que é a segunda maior do país, teve uma redução de 30% em sua produção. Em 2013, aproximadamente 109 milhões de barris de derivados eram processados na Rlam, de acordo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). No ano passado, foram pouco mais de 76 milhões. O volume produzido em 2017 retrocedeu ao mesmo patamar registrado em 2003, quando foram produzidos 75 milhões de barris.

A Bahia foi um dos estados que teve a maior queda na produção industrial e isso tem a ver com o declínio da Rlam e da metalurgia, refletindo diretamente no desempenho dos terminais portuários baiano.