13/08/2025 11h09
Foto: Ilustrativa
O seu comportamento causaria a sua demissão? Um estudo desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) indica que, em 2024, 50% dos desligamentos nas empresas foram provocados por questões ligadas a comportamento. A pesquisa contou com a participação de 3.631 estudantes, 3.655 ex-estudantes da instituição e 583 empresas da área de recursos humanos.
Segundo Luciana Mariano, coordenadora do PUCPR Carreiras, o sucesso está cada vez mais pautado na combinação entre saber fazer e saber conviver. “O mercado valoriza profissionais que unem competência técnica e habilidades para uma boa convivência. Um único indivíduo com atitudes negativas pode comprometer toda a equipe, surgem conflitos, a produtividade cai e talentos são perdidos. Mais do que dominar ferramentas ou processos, é preciso desenvolver inteligência emocional, empatia, respeito e responsabilidade nas relações”, afirma.
O estudo também traz outros indicativos do aumento da importância das habilidades básicas para a trajetória profissional. No ano passado, as habilidades mais valorizadas foram: comunicação oral (11,46%), planejamento (10,73%), solução de problemas (10,18%), gestão de conflitos (7,51%) e comunicação escrita (7,42%). Em comparação com 2021, período em que as empresas lidavam diretamente com os efeitos da pandemia, observa-se uma mudança nas prioridades. Na época, as habilidades ligadas à solução de problemas (12,58%) ocupavam o topo da lista.
A busca por conhecimento contínuo se tornou uma necessidade para os profissionais se adaptarem às novas funções do mercado. A pesquisa evidenciou que 76% dos respondentes estão investindo na aquisição de novos conhecimentos, demonstrando uma postura proativa, para evitar a estagnação e fortalecer a empregabilidade. Além disso, 16,32% das empresas entrevistadas priorizam aqueles que demonstram interesse genuíno em se atualizar.
O estudo, além de identificar causas comportamentais, revelou que a automação de tarefas e a diminuição de cortes e despesas aparecem em segundo lugar no ranking de demissões.
Fonte: Correio Braziliense