03/09/2021 11h37
Foto: Divulgação
Uma solenidade realizada nesta sexta-feira (3) formalizou o contrato em que o trecho de 537 km entre Ilhéus e Caetité da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol I) foi repassado à responsabilidade da Bahia Mineração (Bamin). A cerimônia aconteceu em Tanhaçu, sudoeste da Bahia, e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, dos ministros da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, do Turismo, Gilson Machado, e da Cidadania, João Roma, do CEO da Bamin Eduardo Ledsham, além de outros convidados.
O ministro Tarcísio Gomes disse que a obra da Fiol representa "esperança" e destacou a espera pela continuidade do trabalho na ferrovia. "Estamos assinando hoje o contrato da Fiol. Isso aqui agora é uma realidade, não é mais um sonho", celebrou o ministro.
No total, serão investidos R$ 3,3 bilhões na ferrovia, de acordo com o Ministério da Infraestrutura (Minfra). A expectativa da pasta é de que o trecho concedido a iniciativa privada entre em operação em 2025, com a capacidade de transportar mais de 18 milhões de toneladas de carga.
Em um primeiro momento, 16 locomotivas e 1,4 mil vagões estarão em operação, dos quais, pelo menos, 1,1 mil serão destinados ao escoamento de minério de ferro. Em 10 anos, ainda de acordo com o Minfra, o volume de carga deve mais do que dobrar, superando 50 milhões de toneladas em 2035 – e chegar a 34 locomotivas e 2,6 mil vagões.
No entanto, o governo federal ainda não divulgou uma previsão para a construção dos outros trechos da Fiol, que vão ligar Caetité até o Tocantins, atravessando o oeste da Bahia.
Já a Bamin diz que a capacidade total da via é para 60 milhões de toneladas por ano e que ela utilizará até 18 milhões de toneladas anuais. “As cargas da mineradora irão demandar apenas um terço da capacidade da via. Outros dois terços serão dedicados a outros produtos provenientes do agronegócio”, disseram.
As obras de construção da Fiol começaram em 2011, em uma parceria entre os governos federal e da Bahia. No entanto, por falta de verbas, foi paralisada entre 2015 e 2017. A previsão era de que a FIOL tivesse construção concluída em 2014, mas ela segue sem previsão de finalização.
Quando concluída, a Fiol deve reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados ao mercado externo.