31/03/2021 11h13
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O Fórum Nacional de Governadores enviou uma carta ao secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, requisitando uma reunião para discutir a pandemia do novo coronavírus no Brasil. No documento, remetido na terça-feira (30), os gestores pedem a “sensibilidade do mundo e ajuda humanitária” pela atual situação do país na crise sanitária, e a ajuda na aquisição de mais vacinas contra a Covid-19.
“Atualmente, o país é considerado o epicentro da pandemia no mundo, registrando o maior número de óbitos por dia, além de apresentar enormes riscos de propagação de variantes, mais contagiosas e letais, do novo coronavírus”, afirma o documento, assinado pelo governador do Piauí, Wellington Dias.
De acordo com o consórcio de veículos da imprensa, o Brasil vive o pior momento da pandemia, com 3.688 novas mortes pela doença registradas na terça-feira (30), um novo recorde. Março é o mês em que mais estados tiveram alta na média de mortes provocadas pela doença.
‘Alarmantes casos de adoecimentos e mortes’
Na carta enviada à ONU, os governadores afirmaram que o Brasil já fez parte de várias ajudas humanitárias lideradas pela entidade e que os países que integram o grupo sabem da gravidade da pandemia no Brasil.
O documento diz que o encontro com o secretário-geral é para que seja apresentado a ele o “Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde”, que foi divulgado pelo Fórum no início do mês, com medidas para combater a pandemia no país.
“Em face dos alarmantes casos de adoecimentos e mortes em nosso país, tornou-se imprescindível a formulação de um documento com diretrizes para a emergencial tomada de providências que possam mitigar o flagelo decorrente do novo coronavírus em solo brasileiro, o qual vem despertando a preocupação da comunidade científica mundial e dos líderes dos Estados-membros da ONU”, diz a carta.
O documento afirma ainda que os governadores estão adotando medidas restritivas em seus estados para evitar a propagação do vírus e fala da dificuldade de atendimento nos hospitais públicos e privados. Ele também aponta a escassez de insumos hospitalares, como oxigênio, medicamentos e a falta de profissionais da saúde.
Fonte: UOL