23/04/2020 09h01
Foto: Divulgação
Nos últimos dias tem crescido a olhos vistos a quantidade de pessoas que estão circulando pelas ruas de Salvador (BA) usando máscaras protetoras dos mais diversos tipos, desde as chamadas “máscaras cirúrgicas” até as caseiras, feitas de tecido. A partir desta quinta-feira (23), passa a valer o decreto, que obrigada a população a fazer uso de máscara de proteção no trânsito, transporte público municipal e ambientes de trabalho.
O atendimento à recomendação feita pelas autoridades médicas e reforçadas, sob a forma de decretos, pelo prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, e pelo governador do Estado, Rui Costa, que inclusive estendeu a recomendação a todos os municípios baianos, é um fato muito positivo no esforço para se reduzir a velocidade de propagação do novo coronavírus.
Tão positivo que o prefeito da capital baiana classificou o cumprimento do decreto que obriga o uso de máscaras pela população de Salvador como um importante passo para acelerar o processo de saída das medidas de isolamento. A recomendação é umas das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para conter a proliferação do coronavírus e tem sido seguida à risca nos países que vêm obtendo avanços no combate à pandemia de Covid-19.
O prefeito, no entanto, fez questão de usar de cautela ao falar de uma saída futura do regime de distanciamento social, observando que isto não será feito de uma só vez e sim de forma lenta e gradual. “O que a gente quer”, recomendou ACM Neto, “é que se a pessoa quiser sair de casa, que use a máscara” acrescentando: “Muito provavelmente esse uso vai ter que existir por muito tempo. Se as pessoas aderirem para valer ao uso vai permitir que a prefeitura flexibilize antes. Poderemos voltar às atividades mais cedo se as pessoas assumirem esse compromisso. O uso da máscara é fundamental para retomar as atividades, pois reduz a possibilidade de transmissão".
Prorrogação
Foram prorrogados para até o dia 4 de maio os decretos que determinam a proibição de qualquer tipo de atividade sonora na cidade que não seja de utilidade pública para o combate ao coronavírus; a suspensão das atividades em mercados públicos, casas de show, boates e locais de apresentação musical; e o impedimento de reuniões, encontros ou eventos com mais de 50 pessoas na cidade.
Além dessas atividades, está sendo mantida a suspensão de qualquer alvará de reparo ou de obras em imóveis já ocupados, exceto aquelas de caráter emergencial. Estão liberadas apenas as obras em imóveis não ocupados e aquelas a céu aberto, desde que seja respeitada a obrigatoriedade do uso de máscara.
Da mesma forma, permanece até o dia 4 de maio a suspensão da cobrança de Zona Azul e do funcionamento de bares e restaurantes na cidade. “Estamos unindo todas as atividades que estavam suspensas e cujos decretos estão tendo a validade encerrada ou encerrando nos próximos dias para prorrogar esses prazos até o dia 4 de maio, oportunidade em que voltaremos a tratar sobre o que será permitido ou não funcionar em Salvador”, afirmou o prefeito.