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Transporte Aquaviário

Crise hídrica pode parar navegação na hidrovia Tietê-Paraná

O alerta é da Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS)

16/06/2021 15h24

Foto: Divulgação

A crise nos reservatórios que o País enfrenta pode causar a paralisação da hidrovia Tietê-Paraná a partir de julho. A medida foi listada como “necessária” pelo presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Carlos Ciocchi, durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara na terça-feira (15).

Foram apresentados dois cenários: a paralisação da via ou a redução do calado dos navios que navegam na hidrovia, o que reduz a capacidade de transporte. “Estamos discutindo essa ação a nível federal através do Ministério da Infraestrutura, e com o Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes]. Também já falamos com o governo de São Paulo para que a gente possa fazer isso de forma controlada e planejada”.

Segundo dados do ONS, a redução do calado dos navios resultaria em um ganho de 0,5% de energia armazenada. Já a paralisação total da hidrovia geraria um ganho de 1,6%. A hidrovia é um dos principais corredores fluviais do País, importante para o transporte de grãos, madeira, areia e cana.

Outras medidas necessárias apontadas pelo ONS são as restrições da vazão das usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, autorizadas pelo Ministério de Minas e Energia recentemente, e a flexibilização da operação dos reservatórios do Rio São Francisco.

De acordo com Ciocchi, essas ações permitem acionar mais usinas termoelétricas e estocar água para ser usada em outubro e novembro. “Se não adotamos essas ações chegaremos em 2022 em uma condição muito frágil para atender a necessidade de energia daquele ano”, disse aos deputados.

O governo também deve aplicar outras medidas, como o aumento na importação de energia da Argentina e do Uruguai, prevista para o fim de julho, ações para garantir combustíveis para térmicas e realizar uma campanha de conscientização do uso de água e energia. Também está em análise antecipar as obras de linhas e infraestrutura de transmissão de energia.

Fonte: O Paraná