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Economia

Custo da cesta básica cai em 22 capitais em setembro

Fortaleza, Palmas, Rio Branco e São Luís registraram as maiores deflações nos preços entre as 27 cidades

08/10/2025 14h14

Foto: Mateus Pereira - GOVBA

O custo da cesta básica de alimentos diminuiu em 22 das 27 capitais brasileiras no mês de setembro. O dado é da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As reduções mais expressivas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Entre as capitais que registraram alta, a maior foi em Campo Grande (1,55%).

A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é um sinal importante de que as políticas públicas do governo federal de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab, em parceria com o Dieese, trabalha para garantir transparência nos preços e contribuir com ações que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias brasileiras”, afirma o presidente da Companhia, Edegar Pretto.

No mês de setembro os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93), cidades do Norte e Nordeste que têm composição diferente da cesta. O maior custo ficou em São Paulo (R$ 842,26).

Principais variações entre agosto e setembro

O tomate teve queda em 26 capitais, com variações de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. O aumento da oferta, resultado da colheita da safra nacional, ajudou a reduzir os preços no varejo. Apenas Macapá registrou alta (4,41%).

No caso da batata, informação coletada nas 11 cidades do Centro-Sul, em dez delas o produto ficou mais barato, com reduções do valor médio entre -21,06% em Brasília e -3,54% em Porto Alegre. A queda se deve à maior oferta, com o avanço da colheita da safra de inverno. Só Belo Horizonte apresentou elevação (3,07%).

O arroz agulhinha também ficou mais barato, em 25 das 27 cidades, com destaque para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%). Mesmo com as exportações aquecidas, o recorde de produção da safra 2024/25 manteve o excedente interno elevado, reduzindo as cotações. A única alta ocorreu em Vitória (1,29%), e o preço se manteve estável em Palmas.

O açúcar caiu em 22 capitais, com variações de -17,01% em Belém a -0,26% em São Luís. A maior produção nas usinas paulistas e a queda dos preços externos, provocada pela projeção de maior oferta na Ásia, reduziram as cotações internas. Apenas em Goiânia (0,51%) e João Pessoa (0,49%) o preço médio subiu.

Já na carne bovina de primeira, as quedas mais acentuadas ocorreram em Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%). A estiagem limitou a oferta, enquanto a baixa demanda impediu altas mais generalizadas. O produto subiu em 16 capitais e caiu em 11. A maior alta foi registrada em Vitória (4,57%).