28/05/2020 07h30
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Pesquisa Datafolha indica que os brasileiros são favoráveis ao "lockdown", como meio para prevenir e combater a transmissão do coronavírus, mas na prática esse apoio ainda não se reflete na adesão às medidas de quarentena que têm sido tomadas por prefeitos e governadores
Pesquisa feita pelo Datafolha na segunda (25) e na terça (26), quando foram ouvidos 2.069 adultos por telefone, aponta que 60% dos brasileiros apoiam o "lockdown", um confinamento radical para prevenir e controlar o contágio pelo coronavírus. Já 36% são contrários, 2% não souberam responder e 1%, se dizem indiferentes.
O "lockdown" foi aplicado em cidades do Norte e Nordeste e foi discutido em São Paulo. Na faixa das pessoas que ganham acima de 10 salários mínimos, 50% são contra, e 47% a favor.
O apoio ao confinamento radical é maior no Nordeste, com 69% a favor. O "lockdown" obtém 54% de apoio da região Sul.
Porém, a pesquisa mostra que, apesar de apoiar o "lockdown", na prática a população adere cada vez menos ao isolamento social.
Apesar disso, 65% se dizem favoráveis que as pessoas fiquem em casa, o que é mais importante do que retomar a economia com a volta às ruas e reabertura do comércio não essencial.
Os empresários são os mais contrários a manter as pessoas em casas: 51%, enquanto 39% deles acham que a prioridade é o isolamento. O "lockdown" é rejeitado por 55% dos empresários, ante 38% que o aprovam.
Já 83% dos estudantes apoiam a ideia de ficar em casa, enquanto 16% deles querem o relaxamento das regras de quarentena.
A pesquisa mostra também que o brasileiro está pessimista com a duração da crise. A maior fatia entre os ouvidos, 40%, crê que o país só voltará à normalidade num prazo de quatro meses a um ano.