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Transporte Aquaviário

Dnit autoriza serviços na Hidrovia do São Francisco

O trecho de Pirapora (MG) até Pilão Arcado Velho (BA) será beneficiado

10/02/2020 11h09

Foto: Divulgação

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) homologou a licitação para a contratação da empresa que vai executar o serviço de batimetria das passagens difíceis, compreendendo o trecho do município de Pirapora (MG) até Pilão Arcado Velho (BA), na Hidrovia do São Francisco.

Esse trabalho, realizado por meio de um aparelho ecobatímetro, faz o mapeamento do fundo do rio, permitindo mensurar os volumes a serem dragados e possibilitando verificar a conformação do canal de navegação. Dessa maneira, a Administração Hidroviária do São Francisco (AHSFRA) será capaz de elaborar novas ações de desassoreamento e atualizar croquis de navegação, garantindo mais segurança para os usuários da Hidrovia.

Hidrovia do São Francisco

A hidrovia do São Francisco é a via mais econômica de ligação entre o Centro-Sul e o Nordeste do País. Com 2.354 km de extensão, a hidrovia se estende pelos rios São Francisco, Paracatu, Grande e Corrente. A Bacia do Rio São Francisco, com 641 mil km² de área, representa cerca de 7,5% do território nacional, e se distribui por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Goiás, e Distrito Federal.

Há muito tempo o rio São Francisco ocupa lugar de destaque no transporte aquaviário nacional, recebendo até mesmo a denominação de Rio da Integração Nacional durante o Regime Militar. Os principais rios da hidrovia são: São Francisco, Paraopeba, Indaiá, Pará, Abaeté, das Velhas, Jequitaí, Paracatu, Urucuia, Verde Grande, Carinhanha, Corrente e Grande.

O Sistema Hidroviário do São Francisco é parte de uma cadeia multimodal de exportação de produtos agrícolas. A cadeia inicia com o transporte rodoviário a partir das áreas produtoras de Ibotirama, de onde se trafega por via fluvial até Pirapora. De lá, a carga segue por trem até o porto marítimo de Vitória/ES.

A hidrovia pode atender ao transporte da produção de grãos e algodão no cerrado a oeste da Bahia e Sul do Piauí, e, também, da cultura de frutas e de cana-de-açúcar irrigada na região do Vale do São Francisco. Bem como de outras atividades importantes, como: a avicultura concentrada no entorno de Feira de Santana/BA, Recife, Caruaru/PE e Fortaleza, bem como os polos minerários: de gipsita em Araripina/PI, que alimenta a indústria do gesso e fornece gesso às culturas agrícolas; e o de calcário agrícola, perto de Ibotirama.