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A tradicional empresa francesa Duralex está à beira da falência e entrou com um pedido de recuperação judicial após 75 anos de história. A companhia é famosa por anunciar os produtos como “inquebráveis” e agora precisa apresentar um plano de pagamento de dívidas.

O presidente da Duralex, Antoine Ioannidès, afirmou que a empresa sofreu com a queda das exportações por causa da pandemia do novo coronavírus e registrou perda de 60% do faturamento. Pelo menos 80% da produção da companhia são vendidas para fora da França.

A Duralex vai ser observada por seis meses para tentar salvar os negócios ou declarar falência. O acompanhamento será feito sob tutela do Tribunal de Comércio de Orléasn.

No Brasil, entretanto, a marca continua ativa por petencer à outra companhia, conforme anunciado em comunicado publicado nesta sexta (25). “A marca Duralex, no Brasil e demais países da América Sul, pertence à Nadir Figueiredo, empresa brasileira consolidada há mais de 108 anos no mercado, e reforça que trata-se de uma marca sólida, tradicional e que continuará a ser comercializada normalmente nestes países. Tanto a operação, quanto os produtos – Duralex e Duralex Opaline – não possuem qualquer relação com a Duralex Internacional, que recentemente teve o pedido de falência decretada na França”, diz o texto oficial.

A empresa foi fundada pelo grupo industrial Saint-Gobain, em 1945, mas chegou ao auge entre os anos 1970 e 1980, após ganhar o mercado com os vidros “inquebráveis”.

A Duralex foi vendida a um grupo italiano em 1997, que controlou a empresa até 2005. Em seguida, foi assumida pelo empresário turco Sinan Solmaz. Em 2008, a empresa chegou próximo de entrar com um processo de recuperação judicial, mas foi vendida para a atual administração.