10/03/2021 17h41
Foto: Tânia Rêgo - Agência Brasil
Das 626 mil pessoas que deixaram de trabalhar na Bahia no ano passado, 515 mil atuavam no mercado informal. Isso significa que 82% da perda de trabalho no ano da pandemia de Covid-19 atingiu este grupo, conforme dados da PNAD Contínua, do IBGE.
O total de trabalhadores informais caiu de 3,16 milhões em 2019 para 2,65 milhões, no ano passado. O segmento representou no ano passado 51% do número global de pessoas ocupadas (5,15 milhões), enquanto no ano anterior essa participação era de 54,7%.
Dentre os informais, os que mais perderam trabalho, em números absolutos, foram os empregados no setor privado sem carteira assinada, que passaram de 1,077 milhão em 2019 para 834 mil em 2020 (-244 mil ou – 22,6%).
Percentualmente, a maior queda ocorreu nos trabalhadores domésticos, que passaram de 408 mil para 300 mil em um ano (-26,5%).
O emprego com carteira assinada também recuou na Bahia, no ano passado, chegando a seu menor patamar desde 2012. Foram apenas 1,327 milhão de empregados no setor privado nessa condição, 134 mil a menos do que em 2019 (-9,2%). De 2019 para 2020, apenas o setor público teve saldo positivo na ocupação. O grupo dos servidores estatutários e militares cresceu 7,8% (de 465 mil para 501 mil pessoas).