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Transporte Aéreo

Embraer tem prejuízo líquido de R$ 1,28 bilhões

A companhia negocia com BNDES e bancos privados um financiamento de R$ 3,3 bilhões

02/06/2020 11h05

Foto: Divulgação

A fabricante de aeronaves Embraer registrou um prejuízo líquido de R$ 1,276 bilhão no primeiro trimestre do ano, ante R$ 160,8 milhões em igual período do ano passado. Já o prejuízo ajustado foi de R$ 433,6 milhões, ante R$ 229,9 milhões entre janeiro e março de 2019. O Ebitda ficou negativo em R$ 209,1 milhões, ante negativo em R$ 53,7 milhões no comparativo anual.
A companhia negocia com BNDES e bancos privados um financiamento de R$ 3,3 bilhões. Os recursos, que podem ser liberados ainda em junho, serão usados para atender demanda de jatos executivos e comerciais da empresa para os próximos meses.

Segundo o UBS, empresa de serviços financeiros com sede em Zurique, na Suíça, a Embraer teve resultado melhor do que o esperado, apesar dos dados de pré-entrega piores do que o esperado. As vendas caíram 23%, a US$ 634 milhões, com base nas entregas mais baixas na aviação comercial e executiva.

Assim, o Ebitda ajustado de US$ 65 milhões (margem de 10,2%) foi muito melhor do que a estimativa do banco de US$ 31 milhões (margem de 3,5%).  “A margem bruta chegou a 29% contra nossa estimativa de 19% e, mesmo quando o ajuste contábil de custos relacionados a licenças pagas, as margens ainda teriam chegado a cerca de 21%”, avaliam os analistas do banco.

A Embraer não recebeu pedidos de cancelamento desde o início do surto e “permanece com posição de dívida confortável, apesar das incertezas”, disse Antonio Carlos Garcia, vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores. A Embraer tem volume baixo de vencimentos nos próximos 24 meses. O executivo também vê retomada de atividade em mercados-chave na Europa e nos EUA, com utilização de jatos menores e vê oportunidades em aviação executiva – já que muitos clientes podem passar a preferir voos compartilhados – e espera novas oportunidades em defesa.

Na revisão da estratégia para os próximos 5 anos, avalia iniciativas para potenciais parcerias para desenvolvimento de produtos, serviços de engenharia e eventualmente para produção. “Muito cedo para dar detalhes sobre parcerias”. A “Embraer sairá da crise mais enxuta”, disse o CEO, Francisco Gomes Neto.