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Logística

Empresas chinesas crescem no e-commerce do Brasil

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho

07/08/2022 09h15

Foto: Divulgação

Ainda recente no mercado brasileiro de e-commerces, o Shopee registrou crescimento significativo durante 2022. De janeiro a junho, o número de acessos mensais da plataforma cresceu 7%. O crescimento fez com que ela ocupasse a segunda colocação entre os marketplaces mais visitados do País, segundo dados do Relatório Setores do E-commerce de junho elaborado pela Conversion. O Mercado Livre, no entanto, ainda é o maior e-commerce do País.

Bem como o Shopee, outra companhia chinesa vem crescendo mês a mês nessa mesma métrica. A Shein, empresa do segmento de vestuário, viu um crescimento de 51% no número de acessos mensais em suas plataformas digitais. Atualmente na décima colocação do ranking de e-commerces mais acessados, a chinesa já se aproxima da Netshoes, que mantêm a média de 38 milhões de acessos por mês.

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho, queda de 1,8% em relação ao mês anterior. Mais da metade dos acessos teve origem em dispositivos móveis (52%) e 22% via app, consolidando a relevância dos smartphones para o e-commerce.

O CEO da Conversion, Diego Ivo, explicou que a chegada dos marketplaces da China ao mercado nacional tem potencial para reestruturar a concorrência entre os grandes players. “Os players asiáticos conseguiram identificar uma grande lacuna no e-commerce global, que é o ticket baixo, criaram muito senso de urgência com suas promoções e construíram uma verdadeira experiência de busca de achados”, destacou Ivo.

Amazon é referência

Apesar do crescimento no número de acessos, as plataformas chinesas ainda estão longe de ameaçar as marcas mais procuradas da internet brasileira. A Conversion utiliza o conceito de Share of Search, que é a participação no volume de buscas que uma marca tem no Google dentre todas as pesquisas no segmento em que ela atua.

A Amazon é a empresa que possui o maior Share of Search do e-commerce brasileiro: 55% de todas as buscas feitas em seu segmento, importados, fazem menção direta a ela. Em seguida, representando 46% das buscas de seu setor, está a Loja do Mecânico, no segmento de ferramentas e acessórios. A Petz ocupa a terceira colocação, com 44% de tudo procurado por usuários relacionados ao e-commerce de pets.

Nessa mesma métrica, o Mercado Livre é tão líder no seu segmento quanto no volume de acessos do e-commerce como um todo. A marca tem 28% do Share of Search entre os marketplaces e está à frente de seu principal concorrente, a Amazon, com 13,5%, e da Shopee, com 11%.

Segundo a Conversion, apesar de a métrica de buscas não representar obrigatoriamente a mesma proporção da divisão de receitas do mercado (Market Share), os estudos apontam cada vez mais que os gráficos andam em paralelo.

“Para crescerem, é preciso que as concorrentes sejam mais buscadas. Isso explica não apenas o porquê de a Amazon permanecer soberana no e-commerce de importados, por exemplo, mas também ajuda a entender como os chineses estão conseguindo ganhar mercado no Brasil”, analisou Ivo.